Dados do Trabalho


Título

FARICIMABE: SWITCH DE MEDICAÇAO COM BOA RESPOSTA – RELATO DE CASO

Introdução

A DMRI é principal causa de cegueira em países desenvolvidos e 90% desses casos são devido a forma úmida. Espera-se em torno de 280 milhões de pessoas acometidas em 2040. Caracterizada pela neovascularização de coróide e acometimento dos compartimentos adjacentes, seu tratamento foi revolucionado pela descoberta do VEGF-A como mediador da angiogênese, resultando no desenvolvimento de fármacos anti-angiogênicos, o que tornou essa modalidade padrão ouro para a DMRI úmida. 15% dos casos apresentam baixa resposta a essa terapia, resistência aos fármacos e exacerbações de lesões são fatores de pior prognóstico. Este trabalho tem como objetivo apresentar um caso de DMRI úmida pouco responsiva ao tratamento anti-VEGF convencional, onde somou-se 13 aplicações (8 de Ranibizumabe e 5 de Aflibercepte) durante 5 anos de seguimento mas que obteve melhora expressiva com apenas uma aplicação do Faricimabe, o último anti-angiogênico desenvolvido

Métodos

Relato de caso. Realizado coleta de dados via prontuário e revisão de literatura em base de dados

Resultados

MM, 65 anos, com queixa de nictalopia e piora progressiva. AV C/C OD: CD 5m OE: 1,0q, Fundoscopia OD: membrana neovascular em atividade e drusas coalescentes em polo posterior. Feito diagnóstico de DMRI úmida, iniciou tratamento anti-antiogênico e acompanhamento somando durante período de 5 anos, 8 aplicações de Ranibizumabe e 5 de Aflibercepte no olho direito, com estabilização da AV:0,06. Após uma aplicação de Faricimabe, obteve-se melhora expressiva, alcançando AV OD 0,2. Realizada 2º administração de Faricimabe, o paciente mantém a mesma AV em OD e já possui indicação da 3º aplicação

Conclusões

O caso relatado apresenta a complexidade no tratamento da DMRI na sua forma úmida. Em nosso relato, o paciente mesmo com o uso dos fármacos anti-VEGF amplamente estabelecidos, como Ranibizumabe e Aflibercepte, apresentou resposta limitada mas com a introdução do Faricimabe, houve reviravolta significativa no desfecho terapêutico, obtendo melhora expressiva da AV após uma única aplicação. Tal resultado ressalta a efetividade promissora do Faricimabe como opção terapêutica e pode representar valiosa opção terapêutica em casos selecionados, ressaltando a importância da avaliação individualizada e estratégia terapêutica adaptada. No entanto, são necessários estudos adicionais e uma maior casuística para validar tais achados e compreender o papel do Faricimabe no manejo da DMRI

Palavras Chave

DMRI, FARICIMABE, MEMBRANA NEOVASCULAR

Arquivos

Área

RETINA

Categoria

OUTROS

Instituições

Instituto Penido Burnier - São Paulo - Brasil

Autores

LUCAS BARASNEVICIUS QUAGLIATO, FELIPE KEY SAKABE, THÉO DECHICHI