Dados do Trabalho

Título

USO DO LASER SUBLIMINAR MICROPULSADO COMO ALTERNATIVA NO TRATAMENTO DA CORIORRETINOPATIA SEROSA CENTRAL CRONICA: UM RELATO DE CASO.

Introdução

Coriorretinopatia serosa central (CSC), da forma como conhecemos hoje foi descrita por Gass em 1967. É definida como descolamento da retina neurossensorial, normalmente na região macular, causado por vazamento ao nível do EPR, secundário à hiperpermeabilidade da coriocapilar. Sua forma crônica, geralmente com evolução maior que 3 a 6 meses, é acompanhada por alterações pigmentares do EPR, fluido subretiniano persistente e refratariedade ao tratamento. MNV secundária e atrofia do EPR e fotorreceptores são as principais complicações. Diante da baixa disponibilidade do PDT com verteporfina, atualmente o padrão ouro, torna-se necessário explorar outras opções de tratamento.

Métodos

Análise retrospectiva de prontuário e revisão de literatura.

Resultados

Paciente masculino, 51 anos, branco, natural e procedente do Rio de Janeiro. Relatou embaçamento visual em OD há 02 dias. Negava comorbidades, mas informou estar vivendo momento de grande estresse no trabalho. Apresentou quadros recorrentes de CSC em OD, sendo o último em Março de 2021, e perda de visão em OE por CSC crônica. Ao exame, acuidade visual corrigida de 20/40 em OD e 20/100 em OE. Fundoscopia apresentou elevação bolhosa da mácula em OD e alterações pigmentares na mácula em OE. Angiofluoresceinografia apresentou vazamento difuso na mácula em fases tardias do exame em OD. OCT confirmou a presença de fluido sub-retiniano na mácula do OD. OCTa não evidenciou presença de MNV. Evoluiu com piora do FSR, após tentativa de tratamento com uma dose de ranibizumabe (suspeita inicial de MNV não identificada na avaliação multimodal). Optado pela realização de uma sessão de laser diodo subliminar micropulsado em OD utilizando o Iridex. Parâmetros utilizados foram: tempo de exposição de 200 ms, diâmetro do spot de 100 um, duty cycle de 50%. Evoluiu com resolução do FSR após 01 mês do procedimento.

Conclusões

CSC crônica é uma entidade de difícil manejo. Nem sempre é possível identificar o ponto de vazamento para realizar o tratamento com fotocoagulação focal. Outras opções, como uso de antagonistas de receptores de mineralocorticoides não demonstraram bons resultados. Assim, diante da baixa disponibilidade do PDT com verteporfina, a aplicação do laser subliminar micropulsado oferece bons resultados e amplo acesso.

Palavras Chave

Coriorretinopatia serosa central; crônica; micropulso.

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