Dados do Trabalho

Título

CORIORRETINOPATIA SEROSA CENTRAL: UM RELATO DE CASO

Introdução

A Coriorretinopatia Serosa Central (CSC) é uma condição oftalmológica caracterizada pela
acumulação de fluido sub-retiniano na mácula, resultando em visão turva e distorção visual.
Este trabalho tem como objetivo relatar um caso atípico de CSC em um paciente do sexo
masculino, com queixa de dificuldade visual súbita no olho direito.

Métodos

Relato de caso. Realizada coleta de dados via prontuário e revisão de literatura em base de
dados por meio de mídia eletrônica. Realizado termo de consentimento conforme preconizado
pelas normas do comitê de ética e pesquisa.

Resultados

O paciente, RBFM, de 41 anos, branco, apresentou-se com dificuldade visual leve e súbita no
olho direito há aproximadamente 30 dias, associada a sobrecarga de estresse e ansiedade. Não
havia histórico de diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica ou uso de corticoides. O
exame de fundo de olho revelou alteração do reflexo macular no olho direito, enquanto o olho
esquerdo estava dentro da normalidade. A medida da pressão intraocular foi de 15 mmHg no
olho direito e 16 mmHg no olho esquerdo. AV do OD e OE 20/20. O laudo da Tomografia de
Coerência Óptica (OCT) do olho direito indicou os seguintes achados: interface vítreo-retiniana
regular, depressão foveal com contornos anatômicos alterados, espessura foveal e perifoveal
acima da normalidade, retina externa irregular com elevação e fluido sub-retiniano, complexo
EPR-coriocapilar de espessura normal e coroide com reflectividade óptica normal. No olho
esquerdo, os resultados da OCT foram normais, sem evidência de descolamento seroso da
retina ou outras anormalidades. Não foram observadas anormalidades na biomicroscopia.

Conclusões

O caso apresentado destaca uma apresentação incomum de CSC em um paciente adulto, visto
que a sua acuidade visual se encontra pouco alterada, tendo em vista o alto grau de
descolamento da retina. A rápida evolução dos sintomas e a associação com estresse e
ansiedade adicionam complexidade ao diagnóstico e tratamento dessa condição. O
oftalmologista deve estar alerta para tais apresentações atípicas e agir prontamente para
obter um diagnóstico preciso e instituir um tratamento adequado, visando a melhorar o
prognóstico visual desses pacientes. A conduta incluiu encaminhamento para retinólogo e
também a realização de angiofluoresceinografia para avaliação adicional da perfusão retiniana
e planejamento terapêutico adequado. O paciente encontra-se em acompanhamento para monitoramento oftamológico e possível intervenção adicional com fotocoagulação, se necessário.

Palavras Chave

Coriorretinopatia serosa central; Tomografia de Coerência Óptica; Descolamento de retina.

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