Dados do Trabalho


Título

DESAFIOS NO MANEJO DA COROIDITE SERPINGINOSA.

Introdução

Desafios no manejo da coroidite serpinginosa.
Introdução
A coroidite serpinginosa (CS) é uma doença inflamatória da coroide que guarda relação imunogênica, com associações como com gene HLA-B7 e antígeno S-retiniano. Como manifestação clínica, apresenta tipicamente infiltrados subretinianos amarelados com evolução centrífuga a partir da região peripapilar de maneira serpiginosa. A neovascularização está presente em cerca de 35% dos olhos que desenvolvem CS, Outras complicações não tão constantemente relatadas como isquemia na retina, descolamento seroso da retina podem estar presentas.
Neste relato de caso, apresentamos os desafios do manejo de uma paciente com tal patologia

Métodos

Análise de prontuário clínico e angiofluoresceínografia.

Resultados

Paciente feminina, 75 anos, diabética não insulinodependente. Iniciou seguimento oftalmológico no serviço terciário, apresentava histórico de quadros esporádicos de borramento visual desde o início da vida adulta, com melhora espontânea das crises. Tinha antecedente de realização de vitrectomia posterior via pars plana por descolamento de retina em olho direito (OD) em 2016. Ao exame, acuidade visual de movimento de mãos em OD e de 20/50 em olho esquerdo (OE). No exame de biomicroscopia apresentava catarata densa que impedia visualização de FO à direita. FO de OE apontou um disco óptico pequeno, com atrofia peridiscal centrífuga sugerindo CS. Na angiofluoresceinografia, lesões em OE se apresentaram com hipofluorescência precoce e hiperfluorescência tardia. Foram solicitados testes com sorologias infecciosas e pesquisa de doenças reumatologicas, com resultados negativos.
Indicada facectomia intracapsular em OD pela opacidade cristaliana. Entretanto, em FO realizada após melhora da opacidade foi constatada atrofia macular profunda, limitando a paciente à AV de conta dedos justa-face mesmo após posicionamento adequado de lente intraocular. Optado pelo tratamento conservador deste olho, paciente mantém seguimento clinico estável e periódico no serviço.

Conclusões

A CS possui geralmente quadro bilateral, progressivo que pode ter evolução assimétrica. As lesões podem ser assintomáticas até alcançarem a região macular. A cada crise, uma área maior pode ser afetada, tendo intervalo de meses a anos entre suas ocorrências. É de grande importância a identificação e manejo precoce das crises, afim de prevenir complicações e lesões que podem assumir caráter irreversível ao dano da acuidade visual do paciente nas recorrências de exacerbações.

Palavras Chave

coroidite,

Arquivos

Área

RETINA

Categoria

RESIDENTE OU FELLOW

Instituições

Santa Casa de Misericórdia de Curitiba - Paraná - Brasil

Autores

LUIZA GABRIELA ZAIN, JEAN VITOR MARTINS, GABRIELA NODA SAKAI, ALEX TRIEGER GRUPENMACHER