Dados do Trabalho


Título

DESAFIOS NA REALIZAÇAO DA BIOMETRIA OCULAR: UM RELATO DE CASO

Introdução

a biometria óptica auxilia o cálculo da dioptria da lente intraocular (LIO)
adequada ao paciente candidato à facectomia, sendo parte do manejo pré-operatório. Mesmo
considerando diversos dados, a acurácia não é ideal, expondo defeitos refrativos
pós-cirúrgico. Assim, utilizar ceratometria analisada erroneamente, após cirurgia refrativa,
pode levar a valores equivocados da dioptria da LIO, ocasionando baixa acuidade visual
(AV). Destarte, o relato traz um caso de baixa AV com diagnóstico de catarata e história de
cirurgia refrativa, cursando com ectasia e asfericidade, dificultando a realização da biometria
pré-operatória.

Métodos

realizou-se a coleta da história clínica do paciente, aplicação do
termo de consentimento, análise de exames e condutas adotadas, descritos em forma de relato
de caso

Resultados

paciente, masculino, 40 anos, professor, comparece ao serviço de
oftalmologia queixando-se de baixa acuidade visual (AV) em ambos os olhos (AO). Nega o
uso de medicações e comorbidades pré-existentes. Relatava cirurgia refrativa há 12 anos sem
outros antecedentes oftalmológicos. Ao exame, apresentava AV com correção de 20/30 em
AO, sendo 3,00 -1,50x175 no olho direito e -2,00 -0,50x80 no olho esquerdo. O autorrefrator
apresentou dioptria de -13,35 AO. A biomicroscopia evidenciava catarata nuclear em AO. Na
reavaliação após 6 meses, queixou de piora progressiva da qualidade visual. Ao exame, AV
corrigida em 20/100 no olho direito (OD) e 20/40 no olho esquerdo (OE). Foram solicitadas a
topografia, biometria, paquimetria e microscopia especular para o ideal planejamento
refratométrico. Em razão da ectasia e asfericidade positiva observada em pentacam, havia
dificuldade em realizar o cálculo biométrico. Portanto, levando em conta as necessidades do
paciente e a ceratopatia estabelecida, optou-se por uma lente esférica monofocal, e devido a
córnea plana e comprimento axial de 30.0 mm foi calculado a lente intraocular (LIO) na
calculadora barrett com resultado refratométrico de -1,25. Não houveram intercorrências
durante a cirurgia. O pós cirúrgico apresentou resultado refratométrico 20/20 sem correção
em AO e satisfação do resultado pelo paciente

Conclusões

destaca-se a complexidade
do manejo de um paciente com histórico de cirurgia refrativa e presença de baixa AV e
ceratopatia, evidenciando-se a importância da avaliação abrangente e do planejamento
cuidadoso para obtenção de resultados positivos no contexto da facectomia pós-cirurgia
refrativa

Palavras Chave

Biometria óptica; Cirurgia refrativa; Lente.

Arquivos

Área

CIRURGIA REFRATIVA

Categoria

OUTROS

Instituições

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDONÓPOLIS - Mato Grosso - Brasil

Autores

JOÃO VICTOR VASCONCELOS, ANA LUIZA RABELO, JULIANO ALVES CARNEIRO, MALTHUS THIAGO FRANCISCO OLIVEIRA, MARIO SOUZA SILVA, NATÁLIA SOUZA MEIRELES