Dados do Trabalho


Título

UM DIAGNOSTICO DE TUBERCULOSE OCULAR APOS DESCOLAMENTO DE RETINA

Introdução

A tuberculose (TB) é transmitida principalmente por via aérea, causada pelo Mycobacterium tuberculosis (Mtb), sendo as formas de manifestação: pulmonar e extrapulmonar, incluindo a tuberculose ocular (OTB).1 A TBO é uma forma extrapulmonar rara da doença, e representa um desafio diagnóstico e terapêutico, devido às suas manifestações clínicas heterogêneas e envolvimento misto do tecido ocular.2 A tuberculose tem grande importância como uma das etiologias de uveíte em nosso meio

Métodos

Relato de caso por meio de avaliação oftalmológica do paciente e análise de prontuário

Resultados

M.P.F.V, feminino, 52 anos. Antecedentes Pessoais: portadora de HIV. Apresentou-se com queixa de Baixa Acuidade Visual (BAV) em olho direito (OD) há 1 mês e fotopsias há 4 meses. Ao exame Acuidade visual (AV): conta dedos à 2 metros e 20/30, Pressão Intraocular (PIO) 14mmHg em ambos os olhos (AO). Ao Mapeamento de Retina (MR) apresentava descolamento de retina regmatogênico (DRR) demonstrado em Imagem 1. Foi realizado cirurgia de facoemulsificação + vitrectomia + endolaser para bloqueio de rotura + GÁS C3F8 em OD. Estava em boa evolução do quadro ate o 7º dia pós operatório, quando a paciente retorna com queixa de BAV em OE, apresentando AV: 20/200 e 20/100, PIO: 11 e 14 mmHg. À biomicroscopia: OD dentro normalidade e OE com presença de injeção ciliar, pks inferior, flare (2+/4+), células (2+/4+). Fundoscopia do OE: com presença de vitreíte (2+/4+) e granuloma coroidiano na região nasal inferior. Solicitados exames para rastreio infeccioso que apresentou Teste QuantiFERON-TB (IGRA): Reagente, sugestivo de Infecção por Tuberculose, quando foi iniciado o tratamento com RIPE e paciente foi encaminhada para acompanhamento conjunto com o infectologista. Após 4 meses de cirurgia e 1 mês no início do tratamento, paciente obteve regressão das lesões do segmento anterior e completa cicatrização das lesões coroidianas.

Conclusões

Apesar do M. tuberculosis não apresentar lesões patognomônicas oculares, é necessário investigação de diagnósticos diferenciais, especialmente em paciente imunodeprimidos. A melhor forma de evitar a transmissão da doença é realizar o diagnóstico precoce e tratamento adequado. Deve-se lembrar que estes são disponibilizados pelo SUS, a fim de melhorar a qualidade de vida dos pacientes, combater e evitar progressão da doença.

Palavras Chave

Tuberculose Ocular; HIV; Descolamento de Retina

Arquivos

Área

ÚVEA

Categoria

RESIDENTE OU FELLOW

Instituições

HOSPITAL OFTALMOLÓGICO VISÃO LASER - São Paulo - Brasil

Autores

JADE PINTO DE QUEIROZ GUERRA, ISABELLA PASSARELLI GIABARDO MARQUES, NICOLI LOPES DE OLIVEIRA, TICIANA PIRES MAGALHÃES, MARCELLO NOVOA COLOMBO BARBOZA, NATHALIA PERUSSI GARCIA