Dados do Trabalho


Título

ULCERA INDOLENTE EM CHINCHILA - RESULTADOS PRELIMINARES

Introdução

A úlcera indolente é caracterizada por ser uma úlcera corneal superficial e espontânea que excede o período normal de tratamento, provoca dor aguda e tendem a recidivar (Hvenegaard et al., 2011). Existem estudos que demonstram a ausência da adesão do epitélio da córnea ao estroma, dificultando sua completa cicatrização, bem como formação de neovascularização (Bonagura; Twedt, 2008). O diagnóstico é clínico, feito por meio da fluoresceína na qual é possível visualizar o corante penetrando entre o epitélio e o estroma, também é possível avaliar o epitélio solto com a biomicroscopia de fenda (Slatter, 2008). Os principais sinais clínicos são blefarospasmos, epífora e ausência de vascularização superficial da lesão (Michau, 2006). O objetivo deste estudo é relatar a abordagem escolhida para o tratamento de uma úlcera indolente em uma chinchila, pet não convencional bastante frequente no atendimento veterinário.

Métodos

Foi atendido uma chinchila, fêmea, com 5 anos de idade tratada há quase um mês por outro profissional não obtendo melhora, dessa forma, tutora solicitou atendimento especializado em oftalmologia veterinária. Na avaliação oftalmológica, o olho direito (OD) foi positivo no teste de fluoresceína com presença de epitélio solto, edema e injeção ciliar, em olho esquerdo (OE) testou negativo. Além disso, animal não possuía mais nenhuma outra alteração oftalmológica. Previamente ao tratamento, foi realizada cultura e antibiograma e o tratamento consistiu na associação de medicamentos tópicos e sistêmicos, juntamente com debridamento realizado com um swab estéril para remoção do epitélio solto com colírio anestésico. Foi prescrito Vigamox QID OD, EDTA dissódico 0,35% QID OD e Epitegel QID OD, respeitando o intervalo de 10 a 15 minutos entre os colírios. Por via oral foi administrado Meloxican SID durante 7 dias e foi recomendado o uso do colar elizabetano para impedir que o animal manipulasse a lesão.

Resultados

A cultura e antibiograma não apresentou crescimento de bactéria e, após 7 dias de tratamento foi possível avaliar uma melhora significativa da lesão, com a úlcera cicatrizada, sem o epitélio solto e com a presença de neovascularização. O animal estava mais calmo e não apresentou dor/desconforto durante sua manipulação como na avaliação anterior. É válido ressaltar que o tratamento ainda não foi finalizado, porém, animal teve uma melhora rápida após a instituição do novo tratamento.

Conclusões

O tratamento se mostrou eficiente no tratamento de úlcera indolente em chinchila.

Palavras Chave

roedores, córnea, cicatrização

Arquivos

Área

DOENÇAS EXTERNAS OCULARES E CÓRNEA

Categoria

OUTROS

Instituições

ANCLIVEPA SP - São Paulo - Brasil

Autores

ANNALÚ PINTON FERREIRA, LUIZA CHRISTOPHANO MARTINS, ALANA LUCENA OLIVEIRA, MARIANA DE SESSA