Dados do Trabalho


Título

ATROFIA RETINOCOROIDEANA PIGMENTADA PARAVENOSA EM AMBULATORIO DE ANGIOFLUORESCEINOGRAFIA: RELATO DE CASO

Introdução

A Atrofia Retinocoroideana Pigmentada Paravenosa (ARPP) é uma patologia de origem ainda desconhecida que pode ser caracterizada pela degeneração retiniana e pelo acúmulo de pigmento através dos vasos da retina. A maioria dos pacientes cursa de forma assintomática, não sendo observada baixa da acuidade visual, entretanto, em casos que acometem a mácula, pode-se presenciar perda visual intensa.

Métodos

Trata-se de um relato de caso de ARPP diagnosticado em Ambulatório de Angiofluoresceinografia em hospital de referência do Distrito Federal.

Resultados

Paciente feminino, hipertensa, 57 anos, apresentou-se ao ambulatório de retinografia do Hospital de Base do Distrito Federal, queixando-se de baixa acuidade visual em ambos olhos há 34 anos. Negava outras patologias prévias e demais antecedentes oftalmológicos. Ao exame, observou-se acuidade visual com correção de movimento de mãos em ambos olhos. A biomicroscopia de segmento anterior não possuía alteração. Realizada retinografia fluorescente, onde percebeu-se: escavação fisiológica, palidez de papila generalizada e estreitamento arteriolar em ambos olhos. Presença de alteração pigmentar focal periarcadas e peripapilar em ambos olhos, pior à esquerda e presença de algumas lesões hiperpigmentadas periféricas que lembravam espículas ósseas em olho esquerdo. Ao trânsito de contraste: tempo enchimento normal; presença de padrão de hiperfluorescência em pontos com alguma confluência múltiplos periféricos com defeito em janela sugestivo de pontos de atrofia do epitélio pigmentar da retina juntamente com hipoflurescência em formato de algumas espículas ósseas que juntos sugerem uma distrofia que segue padrão de arcada vascular mais à esquerda; presença de hipertransmissão em papila de ambos olhos, pior em olho esquerdo, sugestivo de palidez de papila; ausência de staining final; presença de áreas de atrofia macular em olho esquerdo; e área que lembra início de maculopatia em alvo em olho direito. Paciente foi prontamente encaminhado ao ambulatório de Retina e departamento de Visão Subnormal para acompanhamento.

Conclusões

Devido a raridade da patologia, o conhecimento sobre os mecanismos de fisiopatologia da doença é escasso. O diagnóstico se deu por meio da história clínica e dos achados observados na angiofluoresceinografia. A doença, por ser rara e caracterizada como de progressão lenta, não possui tratamento específico, sendo a reabilitação visual indicada em casos que ocorrem redução da acuidade visual.

Palavras Chave

Retina, degeneração, angiofluoresceinografia

Arquivos

Área

RETINA

Categoria

RESIDENTE OU FELLOW

Instituições

Hospital de Base do Distrito Federal - Distrito Federal - Brasil

Autores

ARTHUR SARAIVA DE QUEIROZ, SUZANE CRISTINA DE LIMA FILGUEIRA, NATÁLIA QUEIROZ SOUZA DOS SANTOS, LUANNA ARRUDA LEMOS, ANNA VITÓRIA TELES SIQUEIRA, FABIO LUIS SCARPA BOSSO