Dados do Trabalho

Título

ESTRABISMO DIVERGENTE POR TRAUMA OCULAR CONTUSO: UM RELATO DE CASO

Introdução

O presente relato de caso tem o intuito de relatar o trauma ocular contuso (soco), o qual ocasionou subitamente a presença de desvio divergente do olho direito da paciente em questão e o tratamento preconizado para este tipo de acidente.

Métodos

Paciente feminina, 39 anos, moradora de Santo André, a qual foi admitida em Centro Hospitalar do Município de Santo André, a qual relatou agressão física (soco) no olho direito, associado a desvio divergente súbito , queixando-se também de dor ocular a movimentação passiva e diplopia ipsilateral.
Foi realizado TC de órbitas, a qual evidenciou discreto espessamento de partes moles periorbitárias à direita com focos gasosos de permeio, associado a focos gasosos intraconais à direita.

Resultados

Para a paciente em questão foi preconizado o tratamento conservador, associado a antibioticoterapia de amplo espectro, devido presença de enfisema peribulbar evidenciado em TC de órbitas, corticóide para regressão do edema, controle da inflamação e seguimento ambulatorial com o setor de estrabismo da FMABC.

Conclusões

Os estrabismos de grande ângulo pós contusão são uma entidade rara e, quando vistos, acometem habitualmente o músculo reto inferior, devido o fenômeno de Bell que ocorre durante o processo traumático. No presente relato de caso, a lesão acometeu o músculo reto medial à direita, provocando exotropia e limitação da adução. A escolha pelo tratamento conservador, com corticoterapia, nesses casos pode ser suficiente para a recuperação da movimentação ocular do paciente pela regressão do edema.
O relato mostra, portanto, a importância do manejo adequado dos estrabismos traumáticos onde não são vistas alterações aos exames de imagem.

Palavras Chave

ESTRABISMO DIVERGENTE, TRAUMA CONTUSO

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