Dados do Trabalho


Título

EFICACIA E SEGURANÇA DA CICLOFOTOCOAGULAÇAO TRANSESCLERAL CONTINUA E MICROPULSADA NO TRATAMENTO DO GLAUCOMA REFRATARIO. ENSAIO CLINICO RANDOMIZADO.

Introdução

A ciclofotocoagulação com laser diodo contínuo (CFC) pela via transescleral tem sido a técnica mais utilizada no tratamento do glaucoma refratário, porém sua versão micropulsada, mais recente, parece apresentar eficácia semelhante e maior segurança no tratamento. Nesse sentido, o objetivo deste estudo é comparar prospectivamente a eficácia e segurança da ciclofotocoagulação transescleral contínua e micropulsada em glaucomas refratários.

Métodos

Realizou-se um ensaio clínico randomizado prospectivo em que 50 olhos de 50 pacientes, com glaucoma refratário e com indicação de procedimento ciclodestrutivo, serão alocados no grupo estudo (ciclofotocoagulação transescleral com laser diodo micropulsado - CFCmp) e no grupo controle (ciclofotocoagulação transescleral com laser diodo contínuo - CFC).
A pressão intraocular, a acuidade visual, o número de medicações antiglaucomatosas e as complicações serão avaliadas entre os grupos e entre os períodos pré (basal) e pós-operatório.

Resultados

Até hoje, o estudo apresenta 12 pacientes, sendo 7 do grupo controle e 5 do grupo intervenção. A partir disso, temos a pressão intraocular (PIO) média basal e a PIO média no 14º dia de pós-operatório (PIO14):
Grupo controle: PIO média basal: 32.4mmHg PIO14: 9.5 mmHg
Grupo intervenção: PIO média basal: 45.7mmHg PIO14: 30.5 mmHg
Os pacientes do grupo controle, independentemente do sexo, obtiveram uma melhora no quadro do glaucoma refratário com a técnica de CFC contínuo (estasticamente, com base nos pacientes presentes, 57% dos que obtiveram sucesso são do sexo feminino e 43% são do sexo masculino, sendo todos adultos).
Os pacientes no grupo intervenção, por outro lado, até agora obtiveram resultados que, até o momento, indicam um possível insucesso da técnica de CFC micropulsado, já que dois pacientes (um do sexo masculino e um do sexo feminino) foram reabordados devido a um aumento da PIO; somado a isso, outra paciente (sexo feminino, 71 anos) apresentou uma melhora inicial, com aumento da PIO no PO14; por fim, outra paciente (mulher, 72 anos) obteve uma melhora da PIO, da acuidade visual e uma redução dos medicamentos utilizados.
No entanto, cabe ressaltar que ainda faltam muitos pacientes para completar o desenho do estudo para termos uma robustez maior sobre a técnica em estudo.

Conclusões

A princípio, o grupo da ciclofotocoagulação transescleral contínua (grupo controle) apresentou uma redução mais acentuada da PIO no décimo quarto dia de pós-operatório.

Palavras Chave

laser; cirurgia; glaucoma refratario; oftalmologia

Arquivos

Área

GLAUCOMA

Categoria

ALUNO DE GRADUAÇÃO

Instituições

Escola Paulista de Medicina/UNIFESP - São Paulo - Brasil

Autores

GUILHERME VILAS BOAS ALVES, DIOGO FAJARDO CORREIA LANDIM, LUIZ ALBERTO SOARES DE MELO JUNIOR, IVAN MAYNART TAVARES