Dados do Trabalho


Título

APLICAÇAO DA TECNICA DE FIGUEIREDO PARA TRATAMENTO DA SINDACTILIA.

Introdução e Objetivo

A sindactilia é um defeito congênito dos dedos das mãos ou dos pés que pode causar problemas estéticos e funcionais. Nesta condição existe um defeito na separação das partes, segundo a Classificação de Swanson, determinado entre a sexta e a oitava semana de vida intra-uterina e que representa aproximadamente 20% de todas as malformações da mão.

Esta patologia é a segunda anomalia congênita mais comum da mão e tem uma incidência de 1:2000 a 3000 nascidos vivos. É uma das deformidades mais heterogéneas conhecidas na literatura, com variações unilaterais, bilaterais, simétricas e assimétricas. Ocorre duas vezes mais no sexo masculino.

O objetivo deste estudo é descrever a aplicação da técnica de Figueiredo tratamento da sindactilia.

Material e Método

Trata-se de um estudo descritivo, pois visa detalhar a técnica cirúrgica utilizando a Técnica de Figueiredo para o tratamento da sindactilia simples ou complexa, incompleta ou completa.

Resultados

Obteve-se resultados funcionais e estéticos semelhantes entre os pacientes, o que sugere sua ampla aplicabilidade e reprodutibilidade.

Discussão

A prótese de polipropileno é colocada nas áreas que necessitam de cobertura, conforme descrito por Figueiredo. Pontos simples são suficientes para fixar o plástico na borda da pele intacta, de modo que a prótese se encaixe perfeitamente sem pressionar a ferida. Deve-se dar preferência ao moncryl 4.0. É evitar o uso de Vicryl, pois há um afrouxamento precoce dos pontos. O implante permanece no local por aproximadamente 4 a 6 semanas, período necessário para que se inicie o processo de epitelização da área sem cobertura, que se completará alguns dias após a queda espontânea do plástico, devido ao rompimento das suturas.

Está técnica mantém os princípios da abordagem da sindactilia, de reconstrução da comissura digital, restauração do leito ungueal e cobertura cutânea adequada, além de apresentar um novo retalho para tratamento, associado à cobertura de polipropileno, para solucionar as desvantagens do uso de enxerto de pele, como deformidades no sítio receptor e morbidade da área doadora.

Conclusão

Conclui-se que a prótese de polipropileno promove a cicatrização das áreas cruentas, com o mesmo tom de pele local e sem crescimento anormal de pelos, o que é comum nos casos de enxerto de pele.

Área

Clínico

Instituições

Complexo de Saúde São João de Deus - Minas Gerais - Brasil

Autores

MARCELLA RODRIGUES COSTA SIMÕES, LEANDRO AZEVEDO DE FIGUEIREDO , PEDRO HEMERLY FIGUEIREDO, BIANCA GABRIELLA DE OLIVEIRA , MELISSA ALVES AIRES MARQUES