Dados do Trabalho

Título

COMPARAÇAO DE TECNICAS CIRURGICAS NO TRATAMENTO DO ENCONDROMA DE MAO: REVISAO SISTEMATICA

Introdução e Objetivo

O encondroma é o tumor ósseo mais comum das mãos. Tem origem devido a proliferação de restos fisários aprisionados na cavidade medular do osso. Crescimento é lento e o paciente torna-se vulnerável a fraturas patológicas. Objetivou-se comparar o resultado de técnicas cirúrgicas, correlacionando taxas de recorrência e malignização, ocorrência de fraturas patológicas, complicações pós-operatórias e recuperação funcional da mão.

Material e Método

A busca de estudos seguiu termos MeSH específicos nas bases de dados: PubMed, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Elsevier e Web of Science. De acordo com protocolo PRISMA, após a análise de 563 artigos, apenas doze foram selecionados por avaliação criteriosa, sendo classificados por meio da escala NewCastle-Ottawa. Incluíram-se estudos retrospectivos observacionais e prospectivos randomizados que comparassem diferentes abordagens cirúrgicas e seus respectivos desfechos de acordo com critérios de exclusão determinados previamente.

Resultados

Análise de 12 artigos incluiu 1064 encondromas em 1012 pacientes, na maioria mulheres idade média de 35,8 anos, falange proximal e o 5º raio locais de maior acometimento. Cerca de um terço dos pacientes apresentou fratura patológica. O tempo médio de seguimento foi próximo a 4 anos com taxa de complicações, taxa de recorrência e possibilidade de malignização abaixo de 7%, 5% e 1%, respectivamente. Cinco trabalhos compararam enxertia óssea autóloga com duas outras técnicas, curetagem isolada e uso de substitutivo ósseo sintético (667 casos). Outros 7 trabalhos compararam apenas 2 técnicas. Três artigos confrontaram enxertia óssea autóloga com substitutivo ósseo sintético (243 casos), 2 enxertia óssea autóloga com enxertia óssea alógena (104 casos), 1 enxertia óssea autóloga com curetagem isolada (16 casos) e 1 curetagem isolada com substitutivo ósseo sintético (34 casos).

Discussão

O tratamento mais recomendado pelos artigos foi a curetagem do tumor associado enxerto autólogo retirado de crista ilíaca. Para fraturas patológicas o tratamento secundário do tumor foi o mais referido. Houve insucesso em demonstrar resultados superiores na comparação entre as técnicas cirúrgicas utilizadas devido grande heterogeneidade nos trabalhos elegidos

Conclusão

A comparação objetiva entre as técnicas cirúrgicas no tratamento do encondroma foi impossibilitada pela falta de padronização de método e avaliação de resultados entre as técnicas para o tratamento do encondroma da mão comprometendo a viabilidade de uma metanálise.