Dados do Trabalho


Título

ESTUDO MACROSCOPICO E HISTOPATOLOGICO DO MUSCULO PEITORAL MAIOR EM PORTADORES DE PARALISIA BRAQUIAL OBSTETRICA TARDIA

Introdução e objetivo

Durante a nossa casuística do tratamento para ganho de rotação externa (RE) do ombro em pacientes com paralisia obstétrica (PBO) tardia observamos alterações morfológicas ectoscópicas na porção inferior do peitoral maior (PM)
Objetivo: Analisar de forma acurada o músculo PM em sua região inferior e suas alterações tanto de forma macroscópica quanto histopatológica em casos tardios de paciente portadores de paralisia braquial obstétrica.

Material e Método

Avaliação de amostras de 5 pacientes portadores de PBO tardia com retração das estruturas anteriores do ombro que foram submetidos a procedimentos ortopédicos para ganho de RE. As amostras para estudo histológico foram coletadas quando existia a indicação da liberação do músculo PM. Técnica Cirúrgica: Após identificar o PM visualizar macroscópicamente suas porções, constatamos uma porção mais inferior com coloração diferente que consideramos como uma zona de retração. Fazemos então a liberação desta porção retraída do músculo sendo este segmento retirado no eixo proximal-distal para avaliação anátomo-patológica.
Avaliação Histopatológica: Foram realizadas secções transversais equidistantes com espessura regular de aproximadamente 2,0 mm. A avaliação foi simplificada e quantificada em graus de intensidade do tecido amostral (leve, moderada ou severa), ou então anotados focos variáveis de componente inflamatório/fibrose ao longo das secções transversais musculares.

Resultados

Em todos os casos, a área de retração muscular foi encontrada ao longo da região inferior do PM. Após a excisão deste segmento e consequente liberação do PM, repetiu-se a manobra dos movimentos passivos de ABD e RE e foi observado melhora visível do ADM em todos os casos. Na análise microscópica todas as amostras retiradas apresentavam tecido fibrótico ou inflamatório de graus variáveis e verificou-se que sendo esta de maior intensidade no sentido proximal-distal.

Discussão

O estudo microscópico demonstrou que no segmento retirado havia áreas de graus variáveis de fibrose/inflamação. Com o conhecimento de tais alterações anatômicas, podemos inferir que frente a um paciente com PBO e necessidade de liberação das estruturas musculares retraídas, para ganho de RE e ABD, a liberação do músculo peitoral maior deve ser realizada pela excisão de seu segmento inferior que encontra-se alterado e em retração.

Conclusões

Em casos de PBO, a porção inferior do músculo PM pode ser causa determinante de sua retração. Histopatologicamente, a porção inferior do PM apresenta graus variáveis de fibrose.

Área

Clínico

Instituições

Hospital NS do Pari - São Paulo - Brasil, Puc de Campinas - São Paulo - Brasil

Autores

SAMUEL SAMUEL RIBAK, MAYQUE RODRIGUES OLIVEIRA ALVES, RENAN BORGES, BERNARDO FIGUEIRA ALTHOFF, STEPHANIE FREIRE GARCIA, LARISSA G RUBIM, RENAN BORDIN MASSINI, GUILHERME ROIZ REMAILI, RENAN SOARES RACHED, MARINA FELIPE, EDERSON RAIMUNDO, GUILHERME G ZONARO, LUIZ HUMERTO BARBOZA