Dados do Trabalho


Título

REABILITAÇAO PRECOCE NO REPARO CIRURGICO DOS TENDOES EXTENSORES DA MAO COM USO DA TECNICA WALANT

Introdução e objetivo

Apesar das lesões dos tendões extensores serem mais comuns que dos flexores, os estudos que aplicam a técnica anestésica Walant no reparo deste último são escassos na literatura e mais relacionados com o reparo dos flexores dos dedos. O objetivo é avaliar os resultados funcionais no reparo de lesões traumáticas dos tendões extensores dos dedos da mão.

Material e Método

os pacientes selecionados tiveram lesão traumática dos tendões extensores dos dedos da mão entre as zonas IV a VI de Kleinert e Verdan, no período de março de 2021 a novembro de 2022, sendo submetidos a tenorrafia com técnica anestésica de Walant para avaliação da tensão da sutura no intraoperatório. No pós-operatório, foram submetidos à um protocolo de reabilitação baseado na movimentação precoce, com auxílio de uma imobilização confeccionada a partir de atadura gessada. Os resultados funcionais finais foram avaliados após 3 meses de cirurgia, baseado nos escores de Miller e Dargan.

Resultados

a pesquisa incluiu 37 pacientes sendo 29 homens (78,4%) e 8 mulheres (21,6), com idade média de 33,9 ± 4,0 anos. O tempo de lesão até a cirurgia foi de em 9,6 ± 2,0 dias. O dedo mais acometido foi o médio (em 59,5% dos casos), seguido pelo indicador (40,5%). A zona de lesão com maior número de ocorrência foi a V de Verdan. A maioria dos pacientes tiveram resultados excelentes para extensão e flexão dos dedos. Pacientes com múltiplos dedos acometidos tiveram resultados funcionais piores nos escores de Dargan para perda da extensão final. Todos os pacientes com ruptura da sutura tendínea durante avaliação no intraoperatório tiveram resultados funcionais excelentes e não houve paciente com resultado ruim nos dois escores avaliados. Três pacientes tiveram complicações pós-operatórias

Discussão

O presente estudo une as vantagens da técnica anestésica Walant associado a reabilitação precoce, o que proporciona melhores resultados. No intraoperatório pode-se observar qual a tensão máxima da sutura sem a formação de espaçamento entre os cotos tendíneos reparados, o que possibilita refazer a sutura se necessário. Os resultados mostram que desta forma, possíveis rupturas posteriores foram evitadas.

Conclusões

o reparo cirúrgico das lesões dos tendões extensores entre as zonas IV a VI tratadas com reabilitação precoce apresenta bons resultados funcionais finais. A técnica anestésica Walant permite a visualização direta da tensão da sutura durante o movimento ativo no intraoperatório, reduzindo assim a taxa de complicações pós-operatórias.

Área

Clínico

Instituições

Puc de Campinas - São Paulo - Brasil

Autores

SAMUEL SAMUEL RIBAK, GUILHERME GABRIEL ZONARO