Dados do Trabalho

Título

RECONSTRUÇÃO DO POLEGAR: ALTERNATIVAS E RESULTADOS FUNCIONAIS A LONGO PRAZO

Introdução e Objetivo

Após perdas totais do polegar, atualmente tem-se procurado, opções de reconstrução, para que se mantenha estrutura favorável, . As principais opções são reimplante do segmento amputado, policização ou transferência pé-mão.
O objetivo deste estudo é avaliar a experiência do serviço nos casos de reconstrução do polegar, bem como desfecho funcional e qualidade de vida dos pacientes a longo prazo.

Material e Método

Incluídos 10 pacientes com amputação terminal proximal ao primeiro metacarpo, e, que receberam tratamento com técnicas de reconstrução.
Realizados testes de força de preensão do punho e polegar com dinamômetro hidráulico em mão traumatizada e contra-lateral. Avaliou-se também a sensibilidade com disco discriminatório em 2 pontos e aplicado o questionário DASH.

Resultados

Dos 10 pacientes avaliados, 9 eram homens, com média de idade de 41 anos e 12 anos de pós operatório. A maioria com lesões cortantes durante o trabalho, na mão dominante. A única mulher do estudo possuía lesão tumoral, com necessidade de ressecção. Preferiu-se a realização da reconstrucao nas primeiras 72 horas após o trauma. A maioria dos pacientes preferiram a realização de policização.
Apresentaram resultados funcionais semelhantes a longo prazo (redução de força global da mão de 50%) e escore DASH 50, independente da técnica utilizada.
Aqueles submetidos a reconstrução na infância estavam mais bem adaptados e com menos restrições nas atividades diárias do que os operados na fase adulta.

Discussão

A transferencia de dedo do pé é um procedimento minucioso, mais longo, e com risco de perda do enxerto entre 5-15%. Traz maior morbidade e necessidade de reabilitação tanto para o sitio receptor quanto para o doador. Costuma ser menos aceito pelo paciente na Região Sul do Brasil, também, pelo fato de dispender maior tempo cirúrgico e anestésico, com resultados semelhantes à policização.
Realizar a reconstrução precoce dispensa a necessidade de reconstruções estagiadas, facilita a técnica para o cirurgião, reduz tempo e custos de internação além de melhorar a parte psicológica do paciente.
Acredita-se que a policização seja uma técnica segura, bem aceita pelo paciente e com excelentes resultados funcionais e estéticos, principalmente se realizada de forma precoce.

Conclusão

Tem-se como relevância clínica, nesse estudo, que, após perdas totais do polegar, a policização resulta em um procedimento mais rápido, seguro e com melhor aceitação do paciente. Também, fica clara a relação entre a brevidade do tratamento e melhores resultados.