Dados do Trabalho


Título

ANALISE COMPARATIVA DO ANGULO ALFA GLENOUMERAL DE CRIANÇAS COM PLEXOPATIA DO NASCIMENTO POR ULTRASSONOGRAFIA E TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Introdução e Objetivo

Através destes exames de imagem é possível mensurar o grau de versão da glenoide, denominado ângulo alfa (α). O ângulo alfa reflete na capacidade da cavidade glenoide em fazer congruência com a cabeça do úmero, possibilitando determinar a presença de instabilidade glenoumeral e a subluxação posterior da cabeça do úmero. Sendo a adoção da TC para diagnóstico de alterações da articulação gleno-umeral (AGU) em crianças com paralisia do plexo braquial bem consolidada na literatura, e sendo o USG ainda pouco explorado com poucos estudos comparativos de avaliação da displasia posterior do ombro, o objetivo deste estudo foi comparar as medidas dos ângulos alfa dos pacientes acometidos pela PN e mensurados por USG e TC.

Material e Método

Estudo transversal incluiu 13 pacientes acometidos pela PN e realizou a análise comparativa do ângulo alfa medido por USG e TC. Também foram coletados os dados da versão por meio da TC, taxas de subluxações e dados epidemiológicos como o sexo, idade, classificação de NARAKAS e complexidade das deformidades da articulação glenoumeral (AGU) através das classificações morfológicas.

Resultados

o ângulo médio para a versão foi de -14,92° para o ombro PN e 1,00°±5,08° para o contralateral normal; 61,5% apresentavam classificação II e III de Waters. As diferenças do ângulo alfa obtidas entre ombro PN versus controle, não apresentaram diferença significativa. O USG destoou do alfa considerado padrão em média 5,03°. De acordo com os limites angulares estabelecidos pela literatura, 92% dos participantes apresentaram alfa acima do limite ao exame de TC, contra 46% ao exame de USG. O USG demonstrou maior precisão para análise do ângulo alfa em crianças com idade igual ou menor de 3 anos (Diferenças de 0,33° entre USG e TC) e menor precisão para crianças com idade acima de 3 anos (Diferença de 9,06° entre USG e TC).

Discussão

Este estudo analisou o ângulo alfa de ombros afetados pela PN

Conclusão

O ângulo alfa em exames de TC e USG é aumentado em todos os ombros com plexopatia do nascimento, em comparação com o ombro contralateral normal de pacientes. A avaliação da congruência da AGU, assim como sua estabilidade e subluxação posterior da cabeça do úmero, traduzidas pelo ângulo alfa avaliado pela TC, é fidedigna e precisa em pacientes com PN, principalmente em crianças acima de 3 anos. O USG para avaliação do ângulo alfa deve ser considerado, principalmente em crianças com até 3 anos. É um recurso de imagem auxiliar prático, rápido e de baixo custo.

Área

Clínico

Instituições

Puc de Campinas - São Paulo - Brasil

Autores

SAMUEL SAMUEL RIBAK, JOÃO PAULO NATALINO FERRARI, HELTON H HIRATA, STÉPHANIE FREIRE GARCIA, LARISSA GABRIELI RUBIM, RENAN BORDIN MASSINI, MICHEL BERVIAN , BRUNO GUARDIA , RAFAEL B CAMPOS , JULIANO ROCHA FONSECA