Dados do Trabalho

Título

OSTEOMA OSTEOIDE EM FALANGE DISTAL NA MAO: RELATO DE CASO

Introdução e objetivo

Introdução: O osteoma osteoide (OO) é a 3º neoplasia óssea benigna mais prevalente entre jovens do sexo masculino. Apesar de comum em ossos longos dos membros inferiores, como o fêmur e a tíbia, sua manifestação nas mãos é uma enfermidade clínica rara, dificultando o diagnóstico preciso. Esta patologia é caracterizada por dores noturnas de natureza inflamatória, que são aliviadas com anti-inflamatórios. Este relato, busca esclarecer as características particulares deste caso, contribuindo para um maior entendimento e reconhecimento desta condição rara. O objetivo desse estudo é Investigar e elucidar um caso clínico de OO em falange distal, enfatizando a importância de um reconhecimento preciso para tratamento eficaz.

Material e Método

Este estudo é descritivo e prospectivo, abordando as intervenções clínico-cirúrgicas de uma patologia com localização incomum.

Resultados

C.T.J.R., caucasiana, feminina, 15 anos, apresentou-se com uma tumoração na região distal do dedo anular esquerdo, persistente por 3 anos e sem história de trauma. Relatou tratamentos anteriores ineficazes para uma suposta verruga e dor noturna que melhorava com uso de anti-inflamatórios. Exames de imagem, incluindo radiografia e ressonância magnética, identificaram uma lesão lítica ovalada, de consistência óssea, com tamanho significativo de 1,2 x 1 x 0,3cm. Foi realizado uma ressecção cirúrgica do tipo margem marginal com realização de múltiplos retalhos na ponta de dedo (associação de técnicas) e a hipótese de OO foi confirmada em histopatológico. Paciente evoluiu com retalhos implantados sem perdas teciduais importantes, sem restrições de mobilidade e ausência de queixas álgicas.

Discussão

O OO geralmente se apresenta com características clínicas, radiológicas e fisiológicas que facilitam seu diagnóstico em localizações usuais. Entretanto, o presente caso, por ocorrer em local atípico, representa um desafio diagnóstico e exige uma abordagem cirúrgica meticulosa. Este caso destaca a importância de um diagnóstico diferencial amplo e o cuidado na condução do tratamento cirúrgico.

Conclusões

Embora o OO seja um tumor benigno de formação óssea relativamente comum, sua apresentação nas falanges distais é atípica, levando a atrasos significativos no diagnóstico e tratamentos inadequados. Este caso reforça a necessidade de considerar o OO nos diagnósticos diferenciais para lesões distais da mão, mesmo com características incomuns, visando evitar o atraso na intervenção apropriada e melhorar os resultados clínicos para os pacientes.