Dados do Trabalho


Título

ANALISE COMPARATIVA ENTRE INFILTRAÇAO COM METILPREDNISOLONA E USO DE ORTESE NOTURNA NO TRATAMENTO NAO CIRURGICO DA SINDROME DO TUNEL DO CARPO

Introdução e Objetivo

A Síndrome do Túnel do Carpo (STC) é a neuropatia compressiva mais comum do membro superior. Sua prevalência é maior entre as mulheres, ocorrendo de duas a cinco vezes mais no sexo feminino que no masculino. O diagnóstico é clínico, confirmado por estudos eletrofisiológico e de imagem. O tratamento pode ser não cirúrgico nos estágios iniciais e cirúrgico na falha do tratamento não cirúrgico e nos casos graves. O objetivo deste estudo é a análise comparativa entre infiltração com corticóide e uso de órtese noturna no tratamento não cirúrgico da Síndrome do Túnel do Carpo de grau leve a moderado.

Material e Método

Quarenta e sete mãos foram alocadas aleatoriamente em cada um dos grupos, 23 no grupo de infiltração e 24 no grupo de órtese e foram acompanhadas por seis meses. As avaliações foram realizadas antes da intervenção, duas semanas, dois, quatro e seis meses após a intervenção. Foi utilizado o questionário de Boston e a Escala visual analógica para a avaliação dos resultados.

Resultados

As duas opções de tratamento mostraram eficácia na remissão dos sintomas e melhora da função, porém houve tendência à recidiva dos sintomas a partir do sexto mês. Ao comparar os resultados entre os grupos de infiltração com corticóide e uso de órtese noturna, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas em todas as avaliações com duas semanas, dois, quatro e seis meses. Para a função, ficou evidente nos relatos clínicos e no gráfico a melhora dos pacientes com a infiltração no primeiro retorno após infiltração, com duas semanas.

Discussão

Os dados do presente estudo evidenciaram que a STC é mais comum em mulheres (96,9%), além da média da idade ser de 56,7 anos, corroborando com a literatura existente. A profissão mais afetada foram os professores, 53,1%. O lado mais acometido foi o dominante, em sua maioria o lado direito, o que leva-se a relacionar STC com etiopatogenia ocupacional. Destaca-se ainda a necessidade de realizar um trabalho com um número maior de participantes e acompanhamento mais prolongado para a comprovação do tempo de duração do efeito de ambos os tratamentos e averiguar se há ou não diferenças estatisticamente significativas entre os tratamentos e as atividades laborais a longo prazo.

Conclusão

Ambas as intervenções se mostraram eficazes para o tratamento da STC de grau leve a moderado durante os seis meses.

Área

Clínico

Instituições

Hospital do Servidor Público Municipal - São Paulo - Brasil

Autores

PEDRO MVOVI SOZINHO, MARCELO TAVARES DE OLIVEIRA, LUIZ CARLOS ANGELINI