Dados do Trabalho

Título

FRATURAS DO RADIO DISTAL EM UM HOSPITAL TERCIARIO: APRESENTAÇAO E GRAVIDADE

Introdução e objetivo

As fraturas da extremidade distal rádio são fraturas comuns. Sua alta incidência está relacionada a fatores de risco como a idade e sexo, atribuindo caráter bimodal. O trauma de alta energia é comum em jovens do sexo masculino devido atividades esportivas e acidentes de trânsito. O trauma de baixa energia é comum em mulheres idosas por queda de própria altura com a mão espalmada. Considerando a relevância epidemiológica das fraturas do terço distal do rádio, tendo em vista o seu impacto no sistema público de saúde, bem como seu impacto nos gastos previdenciários, o objetivo desse estudo foi analisar retrospectivamente o padrão de fraturas do rádio distal em hospitais de nível terciário.

Material e Método

Trabalho retrospectivo que incluiu pacientes com fratura de rádio distal atendidos em serviço de referência de nível terciário. Foram selecionados pacientes com fraturas da extremidade distal do rádio atendidos entre abril de 2022 e abril de 2024. Foram excluídos do estudo pacientes com refraturas, pacientes com prontuários incompletos, pacientes com fratura do terço proximal e diáfise, e pacientes que recusaram tratamento. As variáveis revisadas foram sexo, idade, presença de exposição óssea, classificação AO das fraturas, mecanismo de trauma e métodos de fixação. Ao final, 98 pacientes foram elegíveis para este estudo. A média de idade dos pacientes com fratura do rádio distal foi de 46,8 anos de idade, 65,3% do sexo masculino e 34,7% do sexo feminino. 90,8% fraturas fechadas e 9,2% fraturas expostas.

Resultados

A média de idade dos pacientes com fratura do rádio distal foi de 46,8 anos de idade, 65,3% dos pacientes são do sexo masculino e 34,7% do sexo feminino. Das fraturas observadas, 90,8% foram fraturas fechadas e 9,2% fraturas expostas.

Discussão

O padrão bimodal foi observado com ponto de corte de idade para baixa energia acima de 60 anos por queda de própria altura; e alta energia abaixo de 60 anos para acidentes automobilísticos e quedas de alturas acima de 2 metros. O padrão mais observado foi o padrão AO o padrão tipo 23RC3 representou 57,1%. O método de fixação predominante foi a placa bloqueada volar, que representou 72,4%.

Conclusões

Concluímos que nosso estudo falhou em comprovar diferenças no padrão de apresentação epidemiológica, contudo apresentou casos de complexidade mais elevados com maiores taxas de tratamento cirúrgico.