Dados do Trabalho


Título

GLAUCOMA SECUNDARIO A CICLITE HETEROCROMICA DE FUCHS

Objetivo

Relatar caso de paciente com glaucoma secundário a Ciclite Heterocrômica de Fuchs (CHF)

Relato do Caso

EMG, 55 anos, mulher, sem antecedentes oftalmológicos, queixando BAV em OD. Ao exame apresentou: AVcc de 20/40 em OD e 20/20 em OE; biomicroscopia: em OD PK`s difusos, estrelados, cinza esbranquiçados, nódulo de Koeppe, sem RCA e flare 1+, íris hipocrômica, atrófica, com perda de criptas, catarata subcapsular posterior inicial, vitreíte anterior 1/4+; em OE córnea transparente, íris trófica de coloração acastanhada. PIO de 25/16 mmhg; gonioscopia: em AO ângulo intermediário, ausência de sinéquias, em OD havia vasos angulares finos radiais; fundoscopia: assimetria de escavação, OD de 0.60 e OE de 0.30, sem outras alterações. Diagnosticada com glaucoma secundário a CHF em OD, tratada com corticóides tópicos nas exacerbações e uso de colírios hipotensores com bom controle clínico.

Conclusão

A CHF consiste numa síndrome uveítica, crônica, insidiosa, de etiologia incerta, muitas vezes diagnosticada de maneira incidental. Os achados são geralmente unilaterais e incluem heterocromia e atrofia iriana, inflamação crônica recorrente leve, catarata. O glaucoma é a complicação mais severa da doença e pode ser a primeira manifestação. O tratamento inclui corticóides tópicos, hipotensores, porém o controle adequado nem sempre é possível apenas com medicamentos, sendo então indicada intervenção cirúrgica. O reconhecimento dessa condição é fundamental para o correto acompanhamento e atuação nas complicações.

Palavras Chave

Ciclite heterocrômica de Fuchs; Heterocromia; Glaucoma; Uveíte

Área

Glaucoma

Instituições

Ipsemg - Minas Gerais - Brasil

Autores

João Rocha Mafra, Silvio Tibo Cardoso Filho, Túlio Reis Hannas