RELATO DE CASO: BLEB AVASCULAR CAUSANDO MACULOPATIA HIPOTONICA
Relatar um caso de maculopatia hipotônica
Paciente, 46 anos, feminino, baixa acuidade visual em olho direito (OD). Alto míope, trabeculectomia (TREC) em OD há 7 anos, em uso de travoprosta e dorzolamida em olho esquerdo (OE). Ao exame: acuidade visual (AV) 20/100 OD, pressão intraocular (PIO) 2mmHg OD e 10mmHg OE, bleb avascular com área de afinamento, seidel negativo, câmara anterior ampla, catarata subcapsular posterior, borramento da borda do disco óptico, dobras de coroide, aumento da tortuosidade dos vasos e descolamento de coroide temporal inferior em OD. Realizada sutura de Palmberg. No 1º dia pós operatório (DPO), PIO 7mmHg, seidel negativo e câmara anterior ampla. No 21º DPO, PIO 4 mmHg, câmara anterior rasa, proposta revisão da TREC com patch escleral. No 1º DPO, PIO 12mmHg OD, câmara anterior ampla, seidel negativo. No 28º DPO, AV 20/50 OD, PIO 17mmHg, disco óptico bem delimitado, ausência de dobras de coróide e melhora da tortuosidade dos vasos. No 49º DPO AV 20/40 OD e PIO 14mmhg. Paciente segue em acompanhamento no departamento de glaucoma e retina pela alta miopia.
Maculopatia hipotônica pode levar a danos irreversíveis aos fotorreceptores, comprometendo a recuperação da função visual mesmo após a restauração da PIO. O manejo cirúrgico com suturas compressivas se mostra mais eficaz em pós operatórios imediatos, sendo a excisão da bolha com parede fina, enxerto de patch escleral e recobrimento com conjuntiva alternativas no pós operatório tardio.
Maculopatia hipotônica, patch escleral, bleb avascular
Glaucoma
Maria Juliana Félix Cruz, Marina Fonseca Resende, Rafaella Calvano Sanches, Ana Flávia Lacerda Belfort