IMPLANTE DE TUBO DE DRENAGEM EM GLAUCOMA UNILATERAL REFRATARIO AO TRATAMENTO CLINICO EM PACIENTE COM SINDROME ENDOTELIAL IRIDOCORNEANA (ICE SD)
Relatar caso de paciente com ICE SD e glaucoma refratário ao tratamento clínico.
Paciente 53 anos, feminino, submetida duas vezes a trabeculectomia (TREC) em olho direito (OD), em uso de terapia hipotensora máxima em OD. Ao exame, acuidade visual com correção de 0,3 em OD e 1,0 em OE, atrofia de íris e policoria em OD. Pressão intraocular (PIO) 43 mmHg OD e 12 mmHg OE. À gonioscopia: óstio da trabeculectomia pérvio em OD. Relação escavação/disco 0,7 OD e 0,5 OE. Realizado agulhamento em OD evoluindo com blebe plana e pio de 22 mmhg. Indicado implante de tubo de drenagem em OD, evoluindo com hipertensão inicial seguida de hipotonia manejada clinicamente sem câmara anterior rasa ou descolamento de coroide. Segue em acompanhamento com pio OD de 15 mmhg (em uso timolol 0,5%) e 10 mmhg OE (sem colírios).
O controle do glaucoma associado a síndrome endotelial iridocorneana requer manejo clínico e cirúrgico cautelosos já que a base fisiopatológica para a elevação da pio na síndrome ICE é a presença de membrana endotelial anormal cobrindo o trabeculado, necessitando de indicação cirúrgica na maioria dos casos. As indicações clássicas para o uso dos implantes de tubo de drenagem são: falência de trec, fibrose conjuntival, glaucoma neovascular e situações em que a trec tem grande chance de falência. No pós operatório colírios hipotensores podem ser mantidos, atentando-se à posição do tubo e à contagem endotelial, sendo necessário acompanhamento com (MEC) microscopia especular.
glaucoma, ICE SD, implante de tubo, MEC.
Glaucoma
Luciana Schiavoni Vilela, Vinícius Flávio Almeida Oliveira, Ana Flávia Lacerda Belfort, Marina Fonseca Resende