SINDROME DE BROWN BILATERAL CONGENITA - UMA INCOMITANCIA DESAFIADORA
Relatar um caso provável e raro de Síndrome de Brown bilateral congênita
T.R.A., 3 anos, feminino. Mãe referia desvio divergente intermitente e alternante quando a menor parava para pensar e olhava para cima. Negava BAV. Gestação e parto sem intercorrências. DNPM normal. Negava antecedentes pessoais ou familiares.
Ao exame oftalmológico e ortóptico, acuidade visual sem correção era de 10/10 (Léa Symbols) em ambos os olhos. Refração estática era de +1.50DE em AO. Biomicroscopia e fundoscopia normais em AO. Hirschberg com reflexos centralizados em PPO.
Ao teste de cobertura com prismas, em PPO e sem correção, apresentava X 8Δ para perto e OT para longe. Teste de 4 prismas negativo. Incomitância em Y, com XT 20Δ em supraversão. Versões AO -3/-4 OI AO (AO não elevavam em adução). Ponto próximo de convergência era dorso. Na avaliação sensorial, Luzes de Worth havia fusão (longe e perto) e o teste de binocularidade de Titmus era de Mosca 3000” de arco / bichos 100” de arco / círculos 200” de arco.
Feita hipótese diagnóstica de Sd Brown bilateral congênita. Menor segue em acompanhamento, mantendo o quadro clínico há 2 anos
A Sd de Brown bilateral congênita é rara, com número escasso na literatura. A orientação à família e o acompanhamento oftalmológico da paciente são imprescindíveis, com atenção maior na avaliação da binocularidade e ao Teste de Titmus, uma vez que a criança – mesmo com VB acima do normal para idade – ainda não atingiu a totalidade do desenvolvimento da Visão Binocular
SÍNDROME DE BROWN
INCOMITÂNCIA ALFABÉTICA
INCOMITÂNCIA EM Y
Estrabismo
Natália Fechus Monteiro, Érika Alessandra Galembeck Silvino, Andrea Pulchinelli Ferrari, Nayja Geraissate Mandrá, Isaque Souza dos Santos