SINDROME OCULOGLANDULAR DE PARINAUD: ESPOROTRICOSE COM ACOMETIMENTO LINFATICO
Relatar um caso de manifestação ocular atípica da esporotricose.
E.A.J., feminino, 55 anos, natural e procedente de Belo Horizonte, procurou atendimento no serviço de urgência do HSG com queixa de vermelhidão ocular, sensação de corpo estranho e edema periorbitário há 4 dias em OD. Negou história oftalmológica pregressa, comorbidades, uso de medicações ou uso de colírios. Relata gato doméstico que foi a óbito há 3 meses. Ao exame oftalmológico não apresentou alteração de acuidade visual. À ectoscopia apresentava em hemiface à direita linfonodomegalia difusa associada à edema volumoso da pálpebra superior. A biomicroscopia anterior: OD – pálpebras edemaciadas, HC +2 difusa, quemose em conjuntiva bulbar e tarsal com presença de granulomas difusamente, sem outras alterações. OE – sem alterações. Fundoscopia bilateral sem alterações. Hipótese diagnóstica: Sd. Parinaud - esporotricose. Conduta: Realizado raspado de conjuntiva para cultura e iniciado tratamento sistêmico via oral com Itraconazol de 200mg de 12/12h por 2 meses associado ao uso de prednisolona 10mg/ml tópico de 6/6h por 1 semana. Paciente apresentou melhora progressiva as reavaliações.
Casos de conjuntivite tarsal com reação granulomatosa deve-se considerar o diagnóstico diferencial de esporotricose com manifestação ocular atípica principalmente em pacientes com histórico de contato com gatos. Por fim, o diagnóstico correto e tratamento adequado permitem a diminuição da chance de sequelas e complicações da doença.
Uveíte; Esporotricose; Granulomatosa; S. brasiliensis; itraconazol.
Uveítes
HSG/UFMG - Minas Gerais - Brasil
WERLEY MARQUEZ BORGES JUNIOR, BRUNO MOREIRA BRITO, GUSTAVO DE BARROS MASSOTE, ARTHUR GRIBEL DOS REIS, RAFAEL FERREIRA PEREIRA, PATRICK FARIAS MACHADO DE SOUZA