PNEUMOORBITA E PNEUMOENCEFALO APOS TRAUMA COM AR COMPRIMIDO SEM FRATURA OSSEA ASSOCIADA
Relatar caso de pneumo órbita associado a pneumoencéfalo sem fratura óssea após trauma ocular com jato de ar comprimido
Paciente de 8 anos do sexo masculino, previamente hígido, procurou urgência noturna do Hospital São Geraldo relatando acidente com mangueira de ar comprimido em olho direito as 17:00 daquele dia. Ao exame físico, era evidente extenso enfisema subcutâneo em hemiface direita com acometimento bipalpebral e subconjuntival, sem alterações em segmento anterior do olho à biomicroscopia. Acuidade visual de informada 20/50 em OD e 20/20 em OE e PIO= 20mmHg OD e 12mmHg OE. A TC de órbitas mostrou importante edema de partes moles e enfisema subcutâneo ocupando toda hemiface direita, com envolvimento de órbita, espaço pós septal, fossa pterigopalatina, espaço mastigatório e parafaríngeo. No encéfalo foi observada presença de ar em topografia de seio cavernoso, peri mesencéfalo e região frontal direita. Não havia sinais de fratura óssea. Foi avaliado pela neurocirurgia, que indicou observação e antibioticoprofilaxia de amplo espectro. Após 5 dias de internação, teve alta da pediatria e neurocirurgia. Na consulta ambulatorial de Oftalmologia no 10º dia após o trauma foi observada regressão completa do quadro, exame oftalmológico sem alterações e visão 20/20 em AO.
Trata-se de caso raro na literatura, com total de menos de 10 casos publicados, que mostra a importância do exame físico associado a exames de imagem para diagnóstico preciso de casos de trauma ocular.
pneumoencéfalo
pneumoórbita
trauma ocular
Oftalmologia Geral
MATEUS ERTHAL RODRIGUES MAXIMO, ALINE FERREIRA ZWETKOFF, ARTHUR GRIBEL DOS REIS