ABORDAGEM CIRURGICA DA DUPLA PARESIA CONGENITA DE ELEVADORES A ESQUERDA: UM RELATO DE CASO
Relatar um caso de dupla paresia congênita de elevadores à esquerda.
M.V.C., feminino, 57 anos, com ptose unilateral à esquerda (E) e estrabismo congênitos. Ao exame: Refração estática: olho direito (OD) +5,50 -0,75 x 180 (20/20) e olho esquerdo (OE) +4,75 -1,00 x 140 (20/20); Teste ortóptico: Hipotropia (HOT) E de 20 dioptrias prismáticas (DP) para longe e 14 DP para perto; Motilidade ocular: Hipofunção de Oblíquo Inferior e de Reto Superior (RS) em OE de -3 e hiperfunção de Oblíquo Superior em OE de +2. O diagnóstico sugerido foi a dupla paresia de elevadores à E, sendo proposta a abordagem cirúrgica. No pré-operatório, o teste de geração de forças foi positivo para o RS E e o teste de dução passiva foi negativo para o reto inferior (RI), descartando diagnósticos diferenciais (DF) como paralisia de elevadores e fibrose congênita do RI. Optou-se assim por recuo do RI E de 6 mm.Três dias após a cirurgia, teste ortóptico: HOT E de 14 DP para longe e de 10 DP para perto. Já no quarto mês de pós-operatório a paciente apresentou para longe: HOT E de 10 DP. Para perto: HOT E de 12 DP. Espera-se que o procedimento realizado possa reduzir ou eliminar o desvio vertical, tanto para longe quanto para perto.
O diagnóstico correto é imprescindível para garantir a melhor abordagem. Assim, são essenciais: o teste de geração de forças de Scott, proporcionando DF entre paresia e paralisia; associado ao teste de dução forçada para o DF entre fibrose e paresia/paralisia ou a associação de ambas.
Estrabismo
Gabriela Gontijo Vieira, Aline Alves Matoso, Gabriela Gonzaga Miranda, Thábata Machado Correia Domingues, André Luiz Dornelas Marques Junior , Renato Anatolio Lima Horta Maciel