Dados do Trabalho


Título

TOXOCARIASE OCULAR: LEMBRE-SE DESSE VERME!

Objetivo

Analisar o caso de uma paciente com diagnóstico tardio de toxocaríase ocular e realizar uma breve revisão de literatura sobre o tema.

Relato do Caso

Paciente do sexo feminino, 15 anos, foi encaminhada ao setor de urgência oftalmológica do Hospital São Geraldo (HSG), com hipótese diagnóstica de toxoplasmose ocular de olho esquerdo (OE). A paciente relatou que realizou acompanhamento por toxoplasmose durante 2 anos antes do atendimento no HSG. Ao exame, apresentava acuidade visual de 20/20 em olho direito (OD) e de conta dedos a 30 centímetros em OE. À biomicroscopia do OE, apresentava celularidade vítrea 2+/4+, com olho calmo e sem reação de câmara anterior. À fundoscopia, apresentava haze vítreo 2+/4+, um granuloma em polo posterior conectado por uma membrana vítrea a um grande granuloma periférico temporal, com distorção da anatomia macular e descolamento tracional de retina (DRT) associado, e um granuloma periférico inferior. A paciente foi tratada com albendazol e corticóides orais por 30 dias, com melhora pouco significante do quadro. Em seguida, foi indicado tratamento cirúrgico para resolução do DRT associado aos granulomas. Houve uma melhora anatômica e funcional importantes, com resolução das membranas vítreas e do DRT e com acuidade visual de 20/200.

Conclusão

A toxocaríase ocular é uma doença com incidência considerável em nosso meio e potencialmente ameaçadora a visão, devendo ser lembrada como diagnóstico diferencial dentre as uveítes.

Palavras Chave

Toxocaríase ocular; Uveíte; Descolamento tracional de retina; Granuloma

Área

Uveítes

Instituições

Hospital São Geraldo - Minas Gerais - Brasil

Autores

Thiago Loredo e SILVA, Ana Luíza Grossi e SILVA, Arthur Gribel dos REIS, Izabela de Maria ABURACHID, Kianne Paiva DAMASCENO, Daniel Vitor de Vasconcelos SANTOS