Título

TENDENCIA TEMPORAL DE MORTALIDADE E MORBIDADE POR QUEDAS EM IDOSOS NO PERIODO DE 2015 A 2019 NO BRASIL

Objetivo

Comparar e analisar dados estatísticos sobre o impacto das quedas em idosos, no âmbito de mortalidade e morbidade, devido às suas repercussões na qualidade de vida dessa população, assim como demonstrar a necessidade de intervenção e prevenção das mesmas.

Método

Foram obtidos dados através do DATASUS, utilizando os parâmetros de morbidade e mortalidade por região e unidade de federação ocasionados por quedas, o período de janeiro de 2015 a dezembro de 2019 e a faixa etária de 60 anos ou mais.

Resultados

O Brasil está passando por uma transição demográfica com redução das taxas de natalidade devido alteração do padrão reprodutivo no país juntamente com o aumento da expectativa de vida e de longevidade, trazendo a tona ainda mais os concernimentos e problemáticas inerentes à faixa etária dos idosos, que são indivíduos com 60 ou mais anos. Entre essas questões, encontram-se as quedas, que tem gênese multifatorial, como alterações a nível de sistema nervoso central, como da audição, da compreensão, perda da cognição, diminuição da acuidade visual, assim como em sistema músculo esquelético devido a redução da massa muscular, osteoporose/osteopenia e questões motoras executivas. além de outros acometimentos que culminam em uma fragilização do indivíduo mais velho. Estas podem ser da própria altura, de leitos de hospital ou móveis da casa, de escadas e possuírem desencadeantes como simples descuidos como algum posicionamento errado de um móvel ou até mesmo situações mais graves como idosos que saem da sua residência e passam por algum desnível nas ruas. Esses eventos podem desencadear uma série de acontecimentos que resultam até mesmo em morte. Dados obtidos entre os anos de 2015 e 2019, o número apresentado de idosos internados em hospitais brasileiros, decorrente a quedas foi de 582.110. Quanto à mortalidade, dados do DATASUS revelam um total de 57.537 óbitos e uma taxa de mortalidade de 5,05. A elevada morbidade e mortalidade alertam que as quedas têm sido agravantes diretos da saúde da população idosa e devem ser levadas em consideração em programas de prevenção e reabilitação.

Conclusões

Conclui-se, portanto, que houve elevado número de pacientes internados por quedas e óbitos pela mesma causa neste período no Brasil. Dessa forma, a interrupção da cadeia de eventos em seu início por meio da prevenção é fundamental para a melhoria da qualidade de vida dessa população-alvo e do sistema de saúde que os recebe. Para isso, investigações acerca dos motivos dos óbitos e de sua morbidade devem ser realizadas de maneira detalhada visando uma intervenção direta a fim reduzir o número destes acontecimentos.

Palavras Chave

Morbidade hospitalar; Causas externas; local de internação; Quedas; Faixa etária; Ano de ocorrência

Área

PRÉ-HOSPITALAR

Instituições

Tendência temporal de mortalidade e morbidade por quedas em idosos no período de 2015 a 2019 no Brasil. - Macaé - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

WALLISON MARTINS RANGEL, TAMARA TÂMARA DE SOUZA, GUSTAVO FIALHO COELHO, BIANCA SAMPAIO DE SOUZA, RAQUEL MEIRELES DE MORAES, GENESIS DE SOUZA BARBOSA