Título

ANALISE EPIDEMIOLOGICA DO TRAUMA NO PERIODO DE PANDEMIA DO COVID 19

Objetivo

No intuito de conter a pandemia pelo SARS CoV2, medidas de restrição social foram instituídas por grande parte da população mundial a partir de março de 2020, resultando em mudanças comportamentais que influenciaram na alteração do perfil epidemiológico do paciente vítima de trauma.

Método

Deste modo, este estudo propõe qualificar essas variações através de um estudo retrospectivo de pacientes internados sob os CIDs referentes ao trauma em um hospital secundário na região metropolitana do estado de São Paulo em abril de 2019 e 2020.

Resultados

Após análise dos dados observamos um aumento global dos casos de trauma, em abril 2019 o trauma representou 8,63% das internações enquanto que em abril 2020, foi de 13,48%. A média da idade em 2019 (42,63 anos) e em 2020 (45,73 anos) não apresentou diferença significativa. Em conformidade com dados da literatura nacional, os traumas afligem marjoritariamente o sexo masculino, evidenciado por 77,8% e 73% dos casos nos respectivos anos. Quanto ao mecanismo do trauma, observou-se uma diminuição dos acidentes automobilisticos (46,2%; 29,2%) e de ferimentos por arma branca (9,6%;0), enquanto que ferimentos por arma de fogo (1%; 3,3%), lesão por autoextermínio (1%; 3,3%), agressão física (3,8%; 4,2%) e quedas do mesmo nível (13,5; 21,7%) ou de um nível a outro (13,5%; 17,5%) apresentaram maior ocorrência em 2020. A média em dias de internação global e em unidade de terapia intensiva foi maior no ano de 2019 (3,8; 0,26) quando comparado a 2020 (3,02; 0,16), porém observou-se um aumento em 2,47% na taxa de mortalidade de 2020.

Conclusões

A pandemia impeliu alterações significativas na população, mais fortemente presenciadas na esfera econômica e da saúde, devido às imposições de medidas de restrições sociais conhecido como “Lockdown”. Iniciou se uma transferência dos serviços laborais para sua realização em ambiente residencial (home office), reduziu a movimentação de viajantes e estimulou o distanciamento interpessoal, assim transformando diversos padrões comportamentais e alterando a epidemiologia prévia do trauma. Além dos efeitos de isolamento sobre a psique humana, que geram quadro de depressão e ansiedade, assim aumentando os casos de autoextermínio. Por conseguinte, uma maior análise dessas variações podem ser benéficas para estudar novas formas de prevenção e auxiliar na redução de uma das principais causas de óbito da população jovem.

Palavras Chave

TRAUMA, COVID, PERFIL

Área

MISCELÂNEA

Instituições

hospital geral de itapecerica da serra - Itapecerica da Serra - São Paulo - Brasil

Autores

JULIANA OLIVEIRA DE MIRANDA, NAUANA CRISTINE BERALDO LOURENÇO, ADDLER STEVE QUEZADA, PALOMA OLIVEIRA DE VASCONCELOS, TERCIO DE CAMPOS