Título

TREINAMENTO DE RESISTENCIA (TR) COM CURTA DURAÇAO MELHORA CAPACIDADE FISICA, FUNÇAO RENAL, ATENUA A FIBROSE RENAL PELA VIA AKT E DIMINUI A TAXA DE MORTALIDADE EM RATOS COM DOENÇA RENAL CRONICA (DRC)

Introdução

A progressão da doença renal crônica (DRC) é caracterizada por fibrose. Proteína quinase Akt está em fibroblastos. Exercício físico sabidamente reduz a progressão da DRC. Estudamos mediadores envolvidos na redução da progressão pelo exercício. O objetivo deste estudo foi avaliar se 4 semanas de TR, melhora a capacidade física (ganho de força e pico de VO2), função renal, atenua fibrose renal pela via Akt e a mortalidade em ratos com DRC por nefrectomia 5/6 (Nx5/6).

Material e Método

Ratos Wistar adultos foram divididos em quatro grupos (n=8 em cada grupo): i) Sedentário (S); ii) Exercício (E), iii) Nx 5/6 + Sedentário (NS), iiii) Nx 5/6 + Exercício (NE). Avaliamos (por multiplex) via Akt renal (IGF1R, TSC2, AKT, Mtor e PS706SK), depuração da creatinina (ClCr), proteinúria (uProt), ureia, glomerulosclerose por microscopia, pressão arterial média (PAM) e sobrevida. TR foram os seguintes: 6 a 12 subidas / dia, 5 dias por semana, durante 4 semanas, 40 a 60% do teste de carga máxima (MLT). A capacidade física foi realizada com teste de carga máxima (MLT), teste ergoespirométrico (pico de VO2) e teste de exercício máximo (MEtest).

Resultados

A via renal do Akt foi aumentada no grupo NS vs todos os grupos em todas as proteínas analisadas (IGF1R, TSC2, AKT, Mtor e PS706SK); CrCl foi maior no grupo NE (43%) vs grupo NS (p <0,05). A proteinúria foi maior nos grupos NS e NE vs S e E, mas não no NS vs NE. Ureia foi maior no NS e NE vs S e E. Houve menor glomerulosclerose no NS vs NE (p <0,05). A PAM foi menor no grupo NE vs NS (p <0,05). A capacidade física (MLT, pico de VO2 e Mtest) foi maior em NE vs NS. Taxa de mortalidade mais alta foi observada no SN (30%).

Discussão e Conclusões

Os resultados sugeriram que as 4 semanas de TR minimizam o impacto da via renal Akt em ratos com nefrectomia 5/6, aumento da capacidade física (MLT, VO2 pico e Mtest), melhora o ClCr (43%) e melhoram a glomerulosclerose (44%). Esses parâmetros indicam que o exercício pode ter um efeito protetor, especialmente sob este protocolo experimental. Atual estudo sugere que o exercício desempenha um papel em atenuar a progressão da fibrose na DRC e ação preventiva na mortalidade. Assim, poderia ser uma estratégia adicional a ser empregada no tratamento da progressão da DRC.

Palavras Chave

Treinamento de Resistência, Função Renal, Fibrose Renal, Doença Renal Crônica

Área

Doença renal crônica

Instituições

Escola Paulista de Medicina - UNIFESP - São Paulo - São Paulo - Brasil

Autores

Vinicius Pereira Leite Nakamura, Enzo Eiji Miyasato Hayano, Thiago Terzian Ganadjian, Victor Ken Harada, Vitor Takashi Komura, Lucas Coregliano Ring, Rubens Mendes Martins da Silva, Miguel Angelo Goes