Título

ANALISE COMPARATIVA ENTRE VALOR MEDIO E MEDIA DE PERMANENCIA DA VIDEOTORACOSCOPIA POR REGIAO BRASILEIRA NO PERIODO DE 2012 A 2021.

Objetivo

O objetivo do presente estudo é comparar o valor médio gasto para realização de videotoracoscopia com a média do tempo de permanência do paciente em ambiente hospitalar após a realização desta, por região do Brasil no período de 2012 a 2021, com o intuito de analisar se estes valores são proporcionais.

Método

Trata-se de um estudo observacional descritivo com dados coletados do Sistema de Informação Hospitalar (SIH/SUS) da plataforma DATASUS, comparando os períodos de 2012 a 2021 referente à realização de videotoracoscopia. Foram selecionados os seguintes critérios: região, ano de processamento, valor médio gasto, média de permanência e videotoracoscopia.

Resultados

No período de 2012 a 2021, a média de permanência hospitalar atrelada ao procedimento de videotoracoscopia foi de 9,3 dias, e o valor médio por internação foi de R$1.783,02 reais. Ao longo dos 10 anos, a Região Sul foi responsável pela maior média de permanência (13,4 dias) e pelo maior valor médio de internação (R$2.087,10 reais). A média de permanência atingiu seu máximo em 2012 (13,1 dias) e depois se manteve em queda até o ano de 2020, quando atingiu seu mínimo (6,8 dias), e, por fim, subiu para 7 dias em 2021 (seu segundo menor valor). Mesmo assim, os anos de 2020 e 2021, respectivamente, foram os 2 anos com maiores valores médios de internação (R$1.927,44 reais em 2020 e R$1.922,42 reais em 2021). Embora a maior média de permanência em um ano tenha sido alcançada em 2013 pela Região Norte (28,2 dias), a região que obteve o maior valor médio de internação em um ano foi a Região Centro-Oeste em 2021 (R$4.510,15 reais). A Região Nordeste, por sua vez, no ano de 2015 foi responsável pelo menor valor médio de internação em um ano (R$911,38 reais) e pelo menor tempo de internação em apenas um ano (1 dia).

Conclusões

Diante dos dados expostos, foi possível observar uma relação de proporção direta entre valor médio de internação e média de permanência nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Sul e Nordeste, sendo que, dentre estas, as regiões que apresentaram maior média de permanência apresentaram maiores gastos concomitantemente. Esse fato permite inferir uma possível associação destas duas variáveis.