Dados do Trabalho


Título

CORREÇAO DE PECTUS EXCAVATUM – EXPERIENCIA COM BARRA DE NUSS

Objetivo

Geral: avaliar a série de casos operados pelo Serviço de Cirurgia Torácica do Hospital Getúlio Vargas (HUGV) e Hospital Beneficente Português do Amazonas.
Específicos: avaliar dados epidemiológicos relacionados, avaliar o grau de satisfação dos pacientes, avaliar número de barras utiizadas e analisar complicações decorrentes da técnica.

Método

Estudo retrospectivo de série de casos, realizado no período de 2008 a 2023, no Serviço de Cirurgia Torácica do Hospital Getúlio Vargas (HUGV) e Hospital Beneficente Português do Amazonas, em Manaus. Foram Incluídos 47 pacientes com diagnóstico de pectus excavatum. Foram analisados dados epidemiológicos, número de barras utilizadas, intervalo de tempo para a remoção das barras, número de cirurgias por ano, e complicações pós operatórias. Em 32 pacientes foi aplicado um questionário de qualidade de vida.

Resultados

Dos 47 pacientes submetidos à primeira cirurgia (colocação da barra de Nuss), 41 eram homens (87,2%), enquanto apenas 06 (12,7%) eram do sexo feminino. A idade variou entre 05 e 32 anos, com média de 14,9 anos. A primeira cirurgia do grupo foi realizada em 2008, desde então, somaram-se 47 primeiras cirurgias (colocação da barra pela técnica de Nuss), sendo o ano de 2014 aquele com maior número de procedimentos (8 correções ou 17,0%) e 2020 sendo o ano com nenhuma cirurgia para colocação, por ocasião da pandemia de coronavírus. Assim, manteve-se a média de 3,1 primeiras cirurgias por ano no período analisado. Entre os 47 pacientes submetidos à colocação da barra de Nuss, 10 (21,2%) ainda não retiraram a placa, sendo destes um total de 02 pacientes que já estão com a mesma há mais de 3 anos e perderam o seguimento. Dos 37 pacientes que retiraram, o tempo máximo de permanência com a placa foi de 55 meses, e o mínimo foi de 2 meses. Em relação ao número de barras utilizadas, 40 pacientes (85,1%) precisaram apenas de 01 barra, enquanto em 4 pacientes (8,5%) foram utilizadas 02 barras paralelas e em 03 pacientes (6,38) foram utilizadas 02 barras cruzadas. Aspectos sociais foram questionados a 32 pacientes (68,0%), e em todos houve melhora da satisfação da aparência geral, da aparência sem camisa, bem como na satisfação em permanecer o resto da vida com do tórax obtida no pós operatório, com significância estatística (p<0,001). Houve um total de 06 pacientes (12,7%) que evoluíram com complicações pós operatórias, a mais prevalente delas foi a infecção da placa (02 casos ou 33,3%). Rotação da placa, recidiva do pectus, hemorragia pós retirada e atelectasia pulmonar foram outras complicações presentes.

Conclusões

A maioria dos pacientes era homem (87,2%), com média de idade de 14,9 anos, utilizando-se apenas 01 barra (85,1%). A cirurgia para correção de pectus excavatum com utilização da barra de Nuss se mostrou eficaz na qualidade de vida do paciente, tanto relacionada ao aspecto físico como no aspecto psicossocial. Além disso, apenas uma minoria dos casos evoluiu com algum tipo de complicação pós operatória, a mais prevalente foi infecção da placa (02 casos ou 33,3%).

Área

Deformidades da Parede Torácica

Instituições

Hospital Beneficente Português do Amazonas - Amazonas - Brasil, Hospital Universitário Getúlio Vargas - Amazonas - Brasil

Autores

FERNANDO LUIZ WESTPHAL, RAFAELLE TAYNAH SOARES DA SILVA, PABLO MARQUES REIS, LUIZ CARLOS DE LIMA, THAIS CAROLINE SALES RAPOSO, JOSE CORREA LIMA NETTO