Título

MANEJO OPERATORIO DE HERNIA DIAFRAGMATICA COM HEPATOTORAX COM APRESENTAÇAO TARDIA

Objetivo

O principal objetivo é discutir a aplicabilidade da toxina botulínica para o manejo operatório de uma hérnia diafragmática com perda de domicílio abdominal.

Relato do Caso

Paciente do sexo masculino, 43 anos de idade, história de trauma automobilístico de cinemática importante há 25 anos comparece em primeiro atendimento no ambulatório da Cirurgia Torácica em fevereiro de 2022 para avaliação de hérnia diafragmática. Relata que o diagnóstico foi feito há 18 meses, após iniciar com queixas de cólica biliar. História pregressa de hipertensão arterial, sem outras comorbidades conhecidas. Foi solicitada avaliação das equipes de cirurgia geral e do aparelho digestivo, equipe Fígado e Vias Biliares, pois se tratava de uma hérnia cerca de 30% do conteúdo abdominal na cavidade torácica, configurando perda de domicílio, apresentava sinais de colecistopatia. Foi realizada a aplicação de toxina botulínica na musculatura da parede abdominal e a correção da hérnia diafragmática realizada dezoito dias após com acesso por toracotomia, sendo realizada a colecistectomia e em seguida, a redução do conteúdo abdominal e a correção primária do diafragma com fio inabsorvível e reforço com tela de polipropileno. Conforme o planejamento pré-operatório, foi encaminhado para recuperação pós-operatória em leito de unidade de terapia intensiva, sendo submetidos a ultrassonografia abdominal com doppler para avaliação dos vasos hepáticos, monitorização da pressão intra-abdominal, e vigilância ventilatória. Não apresentou intercorrências clínicas, recebendo alta para enfermaria em terceiro dia de pós-operatório e em oitavo dia recebeu alta hospitalar com acompanhamento ambulatorial, sem registros de intercorrências ou necessidade de novas abordagens cirúrgicas relacionadas ao procedimento.