Título

ESOFAGECTOMIA ATIPICA EM PACIENTE COM ATRESIA ESOFAGICA ASSOCIADO A FISTULA TRAQUEO-ESOFAGICA PREVIAMENTE

Objetivo

RESSALTAR A OPÇÃO TERAPÊUTICA DE RECONSTRUÇÃO DIANTE DE QUADRO ATÍPICO PRÉVIO E CONDUÇÃO DE COMPLICAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA

Relato do Caso

Paciente, A.S.C.J, 34 anos, sexo feminino, nasceu com atresia de esôfago associada à fístula traqueo-esofágica, corrigida por toracotomia direita na infância. Evoluiu com disfagia progressiva após 20 anos com necessidade de múltiplas dilatações endoscópicas, tendo ainda em 2014 perfuração esofágica complicada com empiema pleural sendo tratada com esofagostomia e pleurostomia à direita, após resolução da perfuração apresentou fístula esôfago-cutânea com correção cirúrgica em 2017. Contudo, manteve recorrência do quadro disfágico importante, indicado então esofagectomia por VATS com reconstrução gástrica enxerto gástrico.
No intra-operatório, iniciado através da videolaparoscopia com identificação de aderências firmes entre fígado, estômago e cólon incluindo a presença de cicatriz de 2 gastrostomias prévias sendo uma no antro e outra na grande curvatura. Durante o tempo torácico identificado grande quantidade de aderências pleuro-pulmonares, principalmente, na topografia da fístula traqueo-esofágica prévia. Optado por manutenção do esôfago torácico superior pelo risco de lesão da via aérea e, portanto, sendo realizado anastomose latero-lateral imediatamente a cima da estenose esofágica com instalação de terapia à vácuo profilático.
No décimo pós-operatório apresentou quadro de broncoaspiração para líquidos, submetida à EDA com identificação pequena fístula traqueo-esofágica congênita em esôfago remanescente 2 cm acima da carina, submetido em caráter de urgência à sutura endoscópica com prolene 6.0 por laringoscopia de suspensão e uso de selante biológico. Em vigésimo e trigésimo sexto pós-operatório apresentou recidiva, realizado nestas ocasiões cauterizações do trajeto fistuloso com laser radial endoscópico. Apresentando novamente recidiva com resolução através de clipe endoscópico.

Área

Cirurgia Minimamente Invasiva