Dados do Trabalho
Título
ESOFAGECTOMIA ROBOTICA ATIPICA EM PACIENTE COM TERCEIRO CEC PRIMARIO E PULMAO UNICO
Objetivo
DEMONSTRAR O BENEFÍCIO DA PLATAFORMA ROBÓTICA PARA REALIZAÇÃO DE ESOFAGECTOMIA ATÍPICA EM PACIENTE COM ABORDAGENS PRÉVIAS E SEQUELAS ACTÍNICAS
Relato do Caso
Paciente, C.A.B.F, 65 anos, sexo masculino, hipotireoideo, ex-tabagista, em 2008 apresentou CEC de língua com glossectomia parcial + RxT, em 2010 apresentou novo CEC de pulmão, submetido à pneumonectomia esquerda em outro serviço com estádio IIIa e margem brônquica comprometida, tratado com QT adjuvante, apresentando recidiva em parede torácica em 2011, submetido a toracectomia e nova QT adjuvante. Em 2012 apresentou recidiva em coto brônquico sendo tratado com RxT. Em 2014 recidiva em linfonodo axilar esquerdo tratado com RxT + novo ciclo de QT. Em 2015 apresentou novo nódulo em pulmão direito sendo conduzido com SBRT. Em 2018 apresentou neoplasia primária de esôfago em terço médio com tratamento quimioterápico e radioterápico com boa resposta. Em 2020 iniciou quadro de disfagia progressiva com realização de endoscopia digestiva alta e evidência de estenose actínica esofágica sem resolução satisfatória após dilatação endoscópica, PET-CT com evidência de recidiva da lesão esofágica, bem como linfonodomegalia para-esofageano inferior de 3cm junto ao átrio direito e sem plano de clivagem com o esôfago. Indicado esofagectomia trans-hiatal por cirurgia robótica.
Durante o intra-operatório, feito abertura do hiato esofágico e na liberação do esôfago torácico, liberação de grande aderência entre esôfago, brônquio principal direito e esquerdo, carina e veias pulmonares, identificado aderência firme do esôfago com a traqueia inferior. Realizado EDA com visualização de aderências ao nível da traqueia torácica. Prosseguido com confecção do tubo gástrico para transposição esofágica. Realizado cervicotomia com liberação e separação da porção superior do esôfago e identificação de aderência firme com a porção membranosa da traqueia com riscos de lesão da via aérea. Convertido para laparotomia supra-umbilical para auxílio na secção supra-citado e realização da transposição do tubo gástrico no leito mediastinal após a liberação do piloro e duodeno. Realizada anastomose cervical do tubo gástrico junto ao cricofaríngeo e através de EDA utilizado sistema de aspiração à vácuo no local da anastomose visando prevenção de fístula.
No sexto pós-operatório, manteve dificuldade de desmame ventilatório e, por isso, optado por traqueostomia precoce para proteção de pulmão único e efetivação do desmame ventilatório. Teve boa evolução clínica com alta da terapia intensiva, porém manteve quadro diarreico persistente de difícil controle associado a episódios de pneumonia aspirativa com necessidade de internações recorrentes.
No quinto mês de pós-operatório evoluiu com pneumonia em pulmão remanescente não responsiva ao tratamento clínico e medidas broncoscópica.
Área
Cirurgia Minimamente Invasiva
Instituições
HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS DE BRASÍLIA - Distrito Federal - Brasil
Autores
EUDES CARVALHO ASSIS FILHO, HUMBERTO ALVES DE OLIVEIRA, MANOEL XIMENES NETTO, ANNAH RACHEL GRACIANO, RODRIGO BOVOLIN DE MEDEIROS, LUCIO LUCAS PEREIRA, HUGO GONÇALO GUEDES, VITÓRIA SANTOS DA SILVA TAVARES