Título

SIMPATECTOMIA LOMBAR BILATERAL POR VIDEORETROPERITONEOSCOPIA PARA TRATAMENTO DA HIPERIDROSE PLANTAR: ANALISE RETROSPECTIVA RESULTADOS EM 182 PACIENTES

Objetivo

Analisar os resultados da Simpatectomia Lombar Bilateral por Videoretroperitoneoscopia no tratamento da hiperidrose plantar.

Método

Estudo de análise retrospectiva entre 2009 a 2022 de 182 pacientes com hiperidrose plantar associada às outras localizações e que foram submetidas previamente a simpatectomia torácica por videotoracoscopia bilateral. Todos os pacientes foram operados pela mesma técnica cirúrgica e equipe.

Resultados

Do total de 182 pacientes 161 eram do sexo feminino e 21 do masculino. A idade variou de 17 até 56 anos com média de 27 anos. Todos haviam sido submetidos a simpatectomia videotoracoscópica bilateral previamente a cirurgia lombar entre 5 meses e 7 anos. A mesma equipe e a mesma técnica foram empregadas em todos casos igualmente. O tempo médio de cirurgia no total foi de 70 minutos entre 2009 e 2013 e de 40 minutos entre 2014 e 2022. Dos 21 homens operados 18 apresentam diminuição no volume do sêmen e três têm ejaculação seca. Das 161 mulheres operadas, em 5 o nervo não foi localizado no lado direito (casos 3, 5, 6, 7 e 9). Destas, duas foram reoperadas daquele lado com sucesso. O caso 37 das mulheres após 9 anos apresentou estenose de aorta abdominal devido ao clip utilizado no sangramento da arteira lombar. Foi tratada com terapia endovascular. Uma paciente apresenta dispareunia permanente. Não houve nenhum óbito. No total 179 pacientes apresentaram parada no suor plantar, coxa, nádegas e virilhas bilateral e nos três casos citados um pé ficou seco e o outro úmido.
Todos pacientes obtiveram alta hospitalar no mesmo dia da cirurgia com tempo de permanência hospitalar médio de 12 horas. A paciente 37, a alta ocorreu no dia seguinte.

Conclusões

Os autores concluem que a Simpatectomia Lombar por Videoretroperitoneoscopia para tratamento da hiperidrose plantar tem ótimos resultados com 100% de cessação do suor plantar e de membros inferiores, com morbidade baixa, técnica cirúrgica segura, cirurgia minimamente invasiva com mínima dor pós-operatória e mínimo tempo de internação de hospital dia. E que esta técnica deve ser divulgada para o cirurgião torácico que se especializou na relação médica e abordagem terapêutica dos pacientes com hiperidrose.

Área

Cirurgia Minimamente Invasiva