Dados do Trabalho


Título

TUMOR FIBROSO SOLITARIO INFILTRATIVO DE PAREDE

Objetivo

O tumor Fibroso Solitário é uma neoplasia mesenquimal rara, inicialmente descrita como sendo primário de pleura porém há vários relatos de sitio extrapleural da neoplasia. Sua incidência tem sido calculada em torno de 2,8 casos por 100.000 pacientes. Na América Latina existem poucas séries de casos dessa patologia Relato de caso: Paciente feminina de 37 anos, previamente hígida, foi encaminhada devido a massa tumoral em topografia de clavícula a esquerda e região infra axilar, com crescimento progressivo e consequente limitação dos movimentos. Possuía punção guiada prévia com diagnostico de tumor fibroso solitário com Imonohistoquimica apresentando presença de células mesenquimais, sem sinais de malignidade. Paciente submetida a ressecção cirúrgica com dificuldade no procedimento devido a fortes aderências da neoplasia à parede torácica e estruturas nervosas e vasculares, havendo necessidade de reconstrução vascular da artéria subclávia. Conclusão: Os tumores fibrosos solitários geralmente são benignos porém cerca de 20% pode ter transformação maligna e serem mais agressivos, sendo a difereciação diagnostica entre eles difícil de ser realizada.

Relato do Caso

Paciente de 37 anos, feminina, previamente hígida apresentando massa torácica de crescimento progressivo associado a dor e limitação da mobilidade local. Paciente possuía punção guiada da massa com diagnóstico de possível tumor fibroso solitário (Imunohistoquimica confirmou a presença de células mesenquimais). Devido a crescimento progressivo e queixas álgicas optou-se por ressecção cirúrgica da massa tumoral. Paciente internou e foi solicitada nova Tomografia de tórax que evidenciou aumento das dimensões tumorais em um intervalo de 6 meses. Ao exame físico paciente apresentava massa torácica palpável e endurecida que abrangia a clavícula esquerda até região infra axillar posterior. Paciente submetida a toracotomia latero-posterior ao nível da linha axillar média e 6º espaço intercostal. Identificado massa tumoral fortemente aderida a parede torácica, com destruição parcial da clavicula esquerda, invasão tumoral da artéria e veia subclávia bem como do plexo braquial. Devido a caráter invasivo da tumoração optado por congelação intraoperatoria que confirmou benignidade. Houve necessidade de ressecar nervo intercostal e ligadura da artéria sbclávia com posterior retirada da tumoração em bloco. Contactado equipe da cirurgia vascular que colocou prótese Dacron vascular em artéria subclávia com retorno importante da coloração e aquecimento do membro. Finalizado procedimento cirúrgico sem intercorrencias, deixado dreno de Suctor em leito torácico. Cerca de duas horas após abordagem cirurgica paciente evoluiu com alteração da temperatura do braço e necessidade de nova abordagem pela vascular que identificou oclusão precoce da revascularização prévia havendo a necessidade de nova revascularização com interposição da safena reversa. Evoluiu no pós operatorial com melhora da coloração progressiva do membro associado a melhora da temperatura local, nao havendo necessidade de amputar o braço. O anatomopatológico foi de Neoplasia Fusocelular a esclarecer

Área

Oncologia Torácica

Instituições

hOSPITAL MAIRETA KONDER Bornhausen - Santa Catarina - Brasil

Autores

JANAIRA LUNKES, FABRICIO STREPASSON, ISABELLA HEIL DUARTE