Dados do Trabalho


Título

AUMENTO INUSITADO DA VOLUMETRIA PULMONAR APOS REALIZAÇAO DE TORACOSTOMIA ABERTA POR EMPIEMA PLEURAL CRONICO E TRATAMENTO DE PARACOCCIDIOIDOMICOSE PULMONAR.

Objetivo

Avaliação da alteração do volume pulmonar em paciente com empiema pleural crônico e paracoccidioidomicose submetido a toracostomia aberta

Relato do Caso

Paciente G.H.C, 22 anos, procedente de SP, internado em Hospital Geral de Grajaú devido febre, perda ponderal de 20kg em 3 meses, lesões cutâneas hiperemiadas e com crostas, sem comorbidades prévias, uso de medicações ou histórico de tuberculose. Realizado Biópsia cutânea em 08/18 com evidência de Paracoccidioidomicose por Paracoco brasiliensis, realizado tratamento habitual com associação de sufametoxazol/trimetropin, sem sucesso, havendo necessidade de escalonamento para anfotericina por 35 dias. Encaminhado ao serviço do HCFMUSP devido complicações pleurais com múltiplas tentativas de esvaziamento pleural através de drenagem pleural no serviço de origem.
Admitido em vigência de dreno pleural à esquerda com PFP evidenciando CVF 43% VEF1 48% relação 0,95 CPT 53% e com TC de Tórax 21/09/18 evidenciando volumoso hidropneumotórax à esquerda, de aspecto loculado e com espessamento pleural difuso, associando-se a redução volumétrica importante do pulmão esquerdo, com áreas de atelectasias/fibroatelectasias esparsas e bronquiectasias. Neste momento, encontrava-se com empiema pleural fase 3 não tendo sucesso com outras terapêuticas, optado então, por toracostomia aberta. Paciente evoluiu sem intercorrências, recebe alta com orientações para higienização diária de ferida operatória e mantém acompanhamento ambulatorial periódico.
Realizado TC de tórax após 7 meses do procedimento evidenciando de acordo com reconstrução volumétrica tomográfica reexpansão pulmonar de 129cm³ para 1387cm³ mantendo ainda cavidade residual e nova PFP CVF 81% VEF1 83% relação 0,93 (99%). Após 3 anos do procedimento realiza nova TC de tórax que demonstra volumetria tomográfica de 129cm³ para 2005cm³ e com reexpansão pulmonar satisfatória com ganho volumétrico pulmonar total de 3310cm³ antes do tratamento para 5508cm³ após 3 anos, epitelização espontânea de ferida operatória, sem instabilidade de caixa torácica e paciente com retorno completo às suas atividades, inclusive prática de exercícios físicos extenuantes.

Área

Tratamento das Infecções Pulmonares

Instituições

HCFMUSP - São Paulo - Brasil

Autores

EUDES CARVALHO ASSIS FILHO, ORIVAL FREITAS FILHO, PAULO MANUEL PÊGO-FERNANDES, AURELINO FERNANDES SCHMDIT JUNIOR