Dados do Trabalho


Título

RESSECÇAO DE ANEURISMA DE VEIA AZIGOS POR VIDEOTORACOSCOPIA

Objetivo

Aneurisma de veia ázigos é uma patologia rara, com poucos relatos descritos na literatura, se apresentando, na maioria das vezes assintomática, sendo este um achado de exame. As complicações desta condição são potencialmente graves e devem ser acompanhas por equipe multidisciplinar. Este trabalho objetiva relatar um caso raro de aneurisma de veia ázigos que foi tratado por meio de Videotoracoscopia Assistida (VATS).

Relato do Caso

Paciente 52 anos, com histórico de câncer de mama diagnosticado em 2016, sendo realizado quadrantectomia e quimioterapia neste ano. Sem outras comorbidades. Em 2020, durante seguimento oncológico foi identificada imagem sugestiva para aneurisma de veia ázigos sendo encaminhada 2 anos após para avaliação pela cirurgia do tórax devido aumento da imagem. Paciente negou histórico de trauma torácico ou abdominal bem como não apresentava outros fatores de risco que favoreça a presença de dilatações vasculares, como alterações na dinâmica circulatória, hipertensão portal, oclusão de veia cava inferior ou insuficiência cardíaca. Observou-se nos últimos tomográficos em um intervalo de 8 meses um crescimento de cerca de 1 cm do maior diâmetro da imagem acima relatada, sendo o último estudo tomográfico contrastado mostrando imagem intraluminal sugestiva para presença de trombo. Optou-se pelo tratamento cirúrgico, pelo risco de rotura do aneurisma ou embolia pulmonar; tendo como proposta inicial cirurgia minimamente invasiva por Videotoracoscopia Assistida (VATS). Procedimento realizado sem intercorrências sob ventilação monopulmonar, com paciente em decúbito lateral esquerdo e uso de 3 portais. À inspeção inicial observou-se saculação violácea em veia ázigos. Realizou-se inicialmente a liberação de aderências sendo dissecada a porção proximal da veia ázigos, que se encontrava com diâmetro habitual, grampeando o mesmo com carga vascular, seguido pela dissecção da saculação aneurismática bem como grampeamento do coto distal, liberando completamente a porção aneurismática. Ao exame macroscópico não se percebeu a presença de trombos intraluminais. Procedimento realizado sem intercorrências, com mínimo sangramento. Ao exame anatomopatológico constatou-se o diagnóstico de ectasia vascular compatível com veia varicosa. Tempo total do procedimento de 100 min. Paciente recebeu alta hospitalar 24 horas após o procedimento, sem complicações pós-operatórias.

Área

Cirurgia do Mediastino

Instituições

HOSPITAL GUILHERME ÁLVARO - São Paulo - Brasil

Autores

ANDRÉ GALANTE ALENCAR ARANHA, RUY DE BARROS JÚNIOR , MOISÉS FRANCO AMORIM VIEIRA DE SÁ, BEATRIZ CUSTÓDIO DA SILVA