Dados do Trabalho


Título

COMPARAÇAO ENTRE ULTRASSONOGRAFIA DE VIAS AEREAS E BRONCOSCOPIA NA AVALIAÇAO DE DOENÇAS LARINGOTRAQUEAIS

Objetivo

COMPARAR OS ACHADOS DA ULTRASSONOGRAFIA DE VIAS AÉREAS (US-VA), REALIZADA NA REGIÃO CERVICAL POR RADIOLOGISTA CERTIFICADO E EXPERIENTE, COM A BRONCOSCOPIA FLEXÍVEL REALIZADA PELO CIRURGIÃO TORÁCICO NO ESTUDO DAS DOENÇAS LARINGOTRAQUEAIS COMO ESTENOSE SUBGLÓTICA E PARALISIA DE PREGAS VOCAIS

Método

FORAM SELECIONADOS ALEATORIAMENTE PACIENTES DA ROTINA DE BRONCOSCOPIA DO HOSPITAL DE BASE, CUJOS EXAMES FORAM SOLICITADOS PARA AVALIAÇÃO DE VIA AÉREA. ESSES MESMOS PACIENTE FORAM ENCAMINHADOS PARA O MESMO RADIOLOGISTA PARA REALIZAÇÃO DE US-VA. O RADIOLOGISTA DESCONHECIA O HISTÓRICO E O RESULTADO DA BRONCOSCOPIA DO PACIENTE. COMPARAMOS RESULTADOS DE EXAMES NORMAIS, PACIENTES COM PARALISIA DE PREGAS VOCAIS E PACIENTES COM ESTENOSE SUBGLÓTICA (DESTE GRUPO TIVEMOS PACIENTES COM E SEM TRAQUEOSTOMIA, E PACIENTES JÁ OPERADOS). A ANÁLISE FOI FEITA POR SIMPLES COMPARAÇÃO ENTRE OS LAUDOS.

Resultados

ENTRE O PERÍODO DE DEZEMBRO/2020 ATÉ DEZEMBRO/2022 FORAM INSERIDOS 19 PACIENTES NESTE ESTUDO QUE FOI REALIZADA DE FORMA PROSPECTIVA E COM APROVAÇÃO PELO COMITÊ DE ÉTICA INSTITUCIONAL. TODOS PACIENTES PREENCHERAM TCLE. DOS PACIENTES, 12 ERAM DO SEXO FEMININO, A MÉDIA DE IDADE FOI 47,0 ANOS (20-78). 14 PACIENTES (73,7%) TIVERAM INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL PRÉVIA, 2 PACIENTES ERAM PÓS OPERATÓRIO DE RESSECÇÃO-E-ANASTOMOSE TRAQUEAL (10,5%). EM 12 PACIENTES HAVIA ESTENOSE SUBGLÓTICA OU TRAQUEAL NA BRONCOSCOPIA QUE FOI TAMBÉM IDENTIFICADA NA US-VA. TENTANDO APROXIMAR A CLASSIFICAÇÃO DE MYER-COTTON PARA EXAME ULTRASSONOGRÁFICO, APENAS EM 4 PACIENTES O US-VA CONSEGUIU ACERTAR O GRAU APROXIMADO DA ESTENOSE (33%). DOS OUTROS 8 PACIENTES, EM 5 O GRAU DA ESTENOSE FOI SUPERESTIMADO E EM 3 FOI DADO UM GRAU DE ESTENOSE MENOR DO QUE O REAL. UM DESSES CASOS QUE A ESTENOSE FOI MAIOR NA US-VA, O PACIENTE ESTAVA EM STATUS PÓS-OPERATÓRIO DE TRAQUEOPLASTIA, COM DISCRETA DEISCÊNCIA DE LINHA DE SUTURA ANTERIOR - O EDEMA DE PARTES MOLES PODE TER DIFICULTADO A CORRETA AVALIAÇÃO DO QUE SERIA REALMENTE REDUÇÃO DO CALIBRE DA LUZ TRAQUEAL. DOIS PACIENTES TINHAM PARALISIA DE PREGA VOCAL UNILATERAL E DOIS TINHAM PARALISIA BILATERAL. EM NENHUM DESSES O US-VA IDENTIFICOU A PARALISIA DE FORMA ACURADA. NO ENTANTO DOS 15 PACIENTES SEM PARALISIA, A US-VA ERROU APENAS EM UM PACIENTE AO DIZER QUE NÃO HAVIA PARALISIA DE PREGA VOCAL.

Conclusões

O USO DA US-VA AINDA PODE SER MAIS DIFUNDIDO PARA UMA AVALIAÇÃO INICIAL OU NO MODELO POINT-OF-CARE DAS VIAS AÉREAS. TEM COMO VANTAGENS NÃO PRECISAR DE SEDAÇÃO E NEM A EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA, EMBORA NÃO TRANSMITA TODAS AS INFORMAÇÕES E RIQUEZA DE DETALHES PRÉ-OPERATÓRIOS QUE A BRONCOSCOPIA OU PRECISAR MAIS ACERTADAMENTE A EXTENSÃO DA ESTENOSE COMO A TC. É NECESSÁRIO CURVA DE APRENDIZADO DO EXAMINADOR DA US-VA, PRINCIPALMENTE NO ENTENDIMENTO DA CLASSIFICAÇÃO DE MYER-COTTON PARA ESTENOSE SUBGLÓTICA E AVALIAÇÃO DE MOBILIDADE DA LARINGE. ESTUDOS MAIORES TRARÃO MAIS BENEFÍCIOS DESSA TÉCNICA.

Área

Fronteiras em Cirurgia Torácica

Instituições

Hospital de Base / FAMERP - São Paulo - Brasil

Autores

ISAAC FARIA SOARES RODRIGUES, CELSO MURILO NALIO MATIAS DE FARIA, HENRIQUE NIETMANN, WALTER LIMA RIBEIRO JUNIOR, RAYSSA BARBIERI PASCOAL, ANA LUISA MACHADO NOBRE, ANDRE DOMENE FRANCO DA ROCHA