Título

ESCORE PARA REAVALIAÇAO ENDOSCOPICA DE PACIENTES SUBMETIDOS A TRATAMENTO DE LESOES TRAUMATICAS DE VIAS AEREAS

Objetivo

Descrever os resultados de abordagem cirúrgica de trauma laringotraqueal baseado em escore de gravidade a partir de endoscopia respiratória.

Método

Os autores analisaram casos de traumatismos laringotraqueais cuja intervenção inicial se deu em hospital de trauma, inicialmente abordado por cirurgiões gerais. Em seguida os pacientes foram transferidos para hospital de especializado em cirurgia torácica para reavaliar cada caso por endoscopia e tabulá-los pelo escore de gravidade. A partir de então se criou fluxograma para definir a conduta especializada.

Resultados

Foram analisados 56 casos no período de seis anos, com média de 0,75 caso/mês. A idade média foi de 35,75 anos, sendo quatro mulheres e 52 homens. Os ferimentos ocorreram em 36 casos e os traumas fechados em seis. Houve 14 casos de degolamentos. Ocorreu lesão associada em sete casos (12,5%), predominando lesão esofageana. Onze pacientes não foram à cirurgia, mas quando houve necessidade, predominou a traqueostomia em 42 casos (75%) associada ou não a outros procedimentos. Criou-se escore variou entre 1 e 4 para estadiar endoscopicamente cada caso. Os pacientes foram descanulados de imediato nos escores 1 e 2; permaneciam canulados quando escore foi 3 ou 4. Com escore 3 havia 13 pacientes e em 11 casos (23%) acrescentou-se dilatação/colocação de tubo T; dois deles não tiveram sucesso e foram à cirurgia. Com escore 4 a abordagem cirúrgica ocorreu em todos os nove casos que, somados aos dois com escore de 3, totalizou-se 11. Portanto, mais de 40% dos traumatizados precisaram de reintervenção endoscópico-cirúrgica. Os pacientes que demoraram mais de três meses para reavaliação já apresentavam estenose (escore 4) e foram direto para cirurgia.

Conclusões

Torna-se imprescindível a reavaliação endoscópico-cirúrgica logo após o trauma