Dados do Trabalho
Título
DISTRIBUIÇAO TEMPORAL DA COBERTURA VACINAL DA BCG E O NUMERO DE CASOS DE TUBERCULOSE MILIAR E MENINGITE TUBERCULOSA EM PERNAMBUCO (2013 -2022)
Introdução
A tuberculose é uma doença infecciosa, considerada como uma das principais causas de morbidade e mortalidade no mundo. A vacinação com Bacilo de Calmette-Guérin (BCG) é uma importante estratégia para prevenir as formas mais graves da doença. Objetivo: Descrever a relação entre a cobertura vacinal da BCG com o número de casos de tuberculose miliar e a meningite tuberculosa em Pernambuco.
Material e Método
Trata-se de um estudo ecológico, foram selecionados os registros da cobertura vacinal da BCG e todas as notificações de tuberculose miliar e meningoencefálica. Através do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) e dos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan – TB) no período de 2013 a 2022, sob Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco sob o CAAE: 74565523.5.0000.5208.
Resultados
Foram notificados 70 novos casos de tuberculose miliar e meningoencefálica em menores de 15 anos, com uma redução de 28,6% entre 2013 e 2022. O maior número de registros se deu entre 2014 e 2016, com 10 casos em cada ano, embora tenha havido oscilações não significativas ao longo dos anos. Quanto à cobertura vacinal, observou-se uma queda de 6,2% no mesmo período. Entre 2013 (105,7%) e 2015 (110,1%), a cobertura da BCG permaneceu acima de 100%, mas a partir de 2016 começou a declinar, atingindo o ponto mais baixo em 2020 (79,3%), antes de subir novamente em 2022 para 99,1%.
Discussão e Conclusões
Verificou-se que, ao longo dos anos, os casos se mantiveram relativamente estáveis, sem um aumento significativo, o que pode indicar uma latência no efeito da cobertura vacinal. Sendo necessário realizar uma análise mais detalhada e contínua para estabelecer uma correlação direta entre a cobertura vacinal e a incidência desses casos graves de tuberculose, considerando também fatores epidemiológicos e socioeconômicos que possam influenciar os resultados. Além disso, sabe-se que a vacina BCG é um importante instrumento no controle dos efeitos danosos da tuberculose, sobretudo em locais com taxas de incidência médias e elevadas. Nas crianças, sua eficácia é alta quando aplicada oportunamente. Há consenso na literatura sobre a proteção conferida pela primeira dose da vacina BCG contra formas graves e disseminadas em crianças, principalmente meningite e miliar. Quando aplicada tardiamente essa eficácia torna-se reduzida, considerando que quanto mais o tempo passa, maior o risco de contato com a infecção.
Palavras Chave
Tuberculose Vacinação Vigilância em Saúde Pública
Área
Controle de Infecção e Vigilância Epidemiológica
Instituições
Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco - Pernambuco - Brasil
Autores
RAISSA CRISTINA SOARES OLIVEIRA, MAGDA GOMES SILVA COSTA, CAMILA COSTA DIAS, JEANE TAVARES TORRES, RENATA ROSAL LOPES CRUZ, MONIK SILVA DUARTE