Dados do Trabalho
Título
COOPERAÇAO HORIZONTAL: DIALOGOS DO MONITORAMENTO DAS AÇOES DE VACINAÇAO NA ATENÇAO PRIMARIA A SAUDE
Introdução
A cooperação horizontal é uma estratégia inovadora que visa transformar as práticas de gestão em saúde por meio da criação de relações mais equitativas e participativas. Em modelos tradicionais de gestão, a organização verticalizada impõe barreiras que dificultam a comunicação e limitam a participação ativa dos diversos atores envolvidos, resultando em práticas fragmentadas e centralizadas.
O apoio institucional, um componente central dessa cooperação, facilita a autonomia dos envolvidos e fortalece uma gestão mais democrática e inclusiva. Ao quebrar as hierarquias rígidas, a cooperação horizontal estimula a inovação e a criatividade, permitindo que os desafios sejam enfrentados de maneira conjunta e a gestão dos processos de monitoramento das ações de vacinação seja moldada pelas necessidades e contextos específicos de cada território.
Neste trabalho, explorou-se a aplicação do conceito de cooperação horizontal no monitoramento das ações de vacinação na Atenção Primária à Saúde (APS) para promover educação permanente entre coordenadores e técnicos, criando um espaço contínuo de aprendizado e melhoria das ações de saúde.
Material e Método
Foi conduzido um projeto-piloto em quatro estados do Nordeste, que enfrentavam dificuldades no monitoramento das coberturas vacinais. Esses estados foram convidados a participar de um espaço de discussão e compartilhamento de experiências. Para isso, foram identificados técnicos das coordenações estaduais da APS com experiência em tecnologia da informação, conhecimento em APS e domínio na área de vacinação. Como ponto de partida, utilizamos o relatório de doses aplicadas disponível no Sistema de Informação em Saúde Atenção Básica (SISAB) para monitorar a vacinação na APS.
Resultados
Foram identificadas fragilidades nos registros de vacinação, o que evidenciou a necessidade de capacitar técnicos municipais e regionais por meio de oficinas para monitoramento dos registros vacinais. Ademais, foi essencial realizar um trabalho conjunto entre a APS e a Coordenação de Imunização Estadual para verificar as informações nos sistemas de informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) e no Sistema de Informação da Atenção Primária (eSUS APS).
Discussão e Conclusões
Conclui-se que o monitoramento no nível estadual e municipal ainda é incipiente e necessita do desenvolvimento de uma rede de apoio robusta. Além disso, é crucial investir em capacitação e expandir os espaços de diálogo entre gestores e técnicos que implementam as ações nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Palavras Chave
Apoio Institucional; Monitoramento; Cooperação horizontal
Área
Imunizações
Instituições
Ministério da saúde - Distrito Federal - Brasil
Autores
JACIRENE GONCALVES LIMA FRANCO, JULIANA MICHELOTTI FLECK