Dados do Trabalho
Título
USO DE EPI E VACINAÇAO PARA DOENÇAS IMUNOPREVENIVEIS ENTRE TRABALHADORES ASSISTENCIAIS NA BAHIA
Introdução
Profissionais assistenciais prestam cuidados diretamente aos pacientes, portanto, encontram-se mais expostos aos riscos ocupacionais presentes nos serviços de saúde. Neste sentido, evidencia-se a relevância do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e da vacinação, a fim de evitar a aquisição de doenças infecciosas recorrentes nos serviços de saúde.
Material e Método
Estudo epidemiológico transversal realizado entre 2020 e 2021, conduzido com amostra representativa e aleatoriamente selecionada de TS de três municípios baianos: Feira de Santana, Cruz das Almas e São Gonçalo dos Campos. Utilizou-se o Statistical Package for Social Sciences (SPSS) para análises estatísticas. Número do Processo no Comitê de Ética e Pesquisa: 90204318.2.0000.0053.
Resultados
Participaram do estudo 516 TS assistenciais, sendo 87,4% mulheres; 66,4% na faixa etária de 18 a 42 anos; 85,2%, negra e 62,1% possuía ensino superior completo ou acima. Acerca da disponibilidade de EPI, 86,0% TS relataram que havia disponível avental; 94,7%, luvas; 94,3%, máscara; 63,1%, óculos de proteção. Em relação ao uso de EPI, 38,4% referiram que sempre utilizavam avental; 63,7%, luvas; 64,0%, máscara; 27,7%, óculos de proteção. Sobre o calendário vacinal, 19,8% possuía vacinação completa.
Discussão e Conclusões
O uso de medidas de prevenção e controle entre TS é objeto de considerável debate, principalmente, em relação a TS assistenciais, os quais estão na “linha de frente”, prestando cuidados diretamente aos pacientes. Neste estudo, apesar da boa disponibilidade, parcela considerável de TS não utilizava rigorosamente os EPI, sendo um fator agravante a realização desta investigação durante a pandemia de COVID-19, assim, o uso de proteção respiratória era imprescindível em todos os setores dos serviços de saúde. Além da possibilidade de infecção pelo vírus da COVID-19, há o risco de contaminação por outros vírus e bactérias, dos quais, aqueles que são mais recorrentes, possuem a medida profilática mais eficaz: a vacinação. Entretanto, percebe-se uma baixíssima completude da cartão de vacina entre estes TS, os quais possuem a obrigação de compartilhar informações acerca da vacinação aos pacientes e reforçar a importância desta medida. Por fim, a utilização do EPI e adesão à vacinação visam não apenas proteger o TS em sua jornada laboral bem como romper com o elo de transmissão de infecções entre TS e usuários dos serviços de saúde.
Palavras Chave
vacinação; trabalhadores da saúde; equipamento de proteção individual
Área
Imunizações
Instituições
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - Bahia - Brasil
Autores
FERNANDA DE OLIVEIRA SOUZA, YVANILSON DA SILVA JUNIOR, PALOMA DE SOUSA PINHO