Dados do Trabalho

Título

ANALISE DO CURSO “SERVIÇO DE VACINAÇAO POR FARMACEUTICOS” DO CONSELHO FEDERAL DE FARMACIA

Introdução

A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 197 da Anvisa, de 2017, a Resolução nº 654 do Conselho Federal de Farmácia (CFF), de 2018, e mais recentemente, a Lei nº 14.675 (2023), permitiram a prestação do serviço de vacinação por farmacêuticos. Diante disso, o CFF elaborou e ofertou um curso de capacitação para farmacêuticos, com o intuito de habilitá-los para a prestação desse serviço no país. Após um ano e meio da implementação curso “Serviço de Vacinação por Farmacêuticos”, objetivou-se avaliar os resultados alcançados, visando à compreensão e implementação de melhorias no processo.

Material e Método

Por meio da plataforma Edufarma no site do CFF, o curso foi organizado em dois módulos: à distância (60h) e presencial (20h), ambos conduzidos por especialistas no assunto. Foram gerados dados para avaliação, incluindo número de farmacêuticos matriculados por região, número de turmas ofertadas, percentual de farmacêuticos habilitados por região e índice de farmacêuticos habilitados em relação ao número de farmacêuticos registrados nos Conselhos Regionais de Farmácia.

Resultados

Os dados permitiram observar o interesse pelo curso em todas as regiões do Brasil, com 27.187 farmacêuticos matriculados. A região Nordeste apresentou o maior número de matriculados (n=9.453), seguida das regiões Sudeste (n=6.460), Sul (n=4.601), Norte (n=4.118) e Centro-Oeste (n=2.555). O CFF ofertou turmas práticas para todos os farmacêuticos aprovados no módulo teórico, totalizando 140 turmas, distribuídas da seguinte forma: Nordeste (48 turmas), Sudeste (35 turmas), Sul (27 turmas), Norte (17 turmas) e Centro-Oeste (13 turmas). A região Nordeste apresentou o maior número de farmacêuticos habilitados (32,5%), seguida do Sudeste (26,5%), Sul (19,3%), Norte (12,4%) e Centro-Oeste (9,3%). Considerando o número de farmacêuticos inscritos nos Conselhos Regionais, a maior taxa de habilitação foi observada na região Norte (2,4%), seguida das regiões Nordeste (1,7%), Sul (1%), Centro-Oeste (0,9%) e Sudeste (0,5%), divergindo dos resultados das matrículas.

Discussão e Conclusões

Os resultados demonstraram que farmacêuticos de todas as regiões do Brasil puderam ser habilitados gratuitamente para o serviço de vacinação, graças ao grande esforço do CFF. Entretanto, percebe-se a necessidade de continuidade do curso para que mais farmacêuticos possam usufruir dessa oportunidade e contribuir com os demais profissionais imunizadores no combate à desinformação e no aumento das coberturas vacinais no país.

Palavras Chave

vacinação; Farmacêuticos; ensino