Dados do Trabalho
Título
VACINAÇA CORONAVAC: RESPOSTA IMUNE HUMORAL APOS DOSE DE REFORÇO EM GRUPOS DE RISCO NA VACINAÇAO CONTRA COVID-19.
Introdução
A vacinação contra COVID-19 é a chave para mitigar a gravidade e fornecer proteção contra o vírus SARS-CoV-2. No Brasil, uma das vacinas aplicadas na população que utiliza a plataforma de vírus inativado é a CoronaVac, de início priorizou e foi indicada para grupos de risco como idosos e crianças, além de adultos e adolescentes. O objetivo do estudo foi avaliar se apesar da segurança da CoronaVac, esses grupos possuem resposta imune humoral distintas em relação ao tempo de vacinação e doses de reforço.
Material e Método
Um estudo clínico e transversal com participação de 238 indivíduos vacinados com CoronaVac foi realizado no Hospital da Baleia- BH, 63 adultos (18-59 anos), 37 idosos (60-90), 71 crianças (5-11) e 67 adolescentes (12-17). Foi realizado ELISA para quantificação de IgG anti proteína S. O estudo foi aprovado por dois comitês Comitê Nacional de Ética e Pesquisa (CONEP)- crianças 42898621.9.0000.5091 e adultos 55183322.6.1001.5091.
Resultados
Os adultos apresentaram níveis de anticorpos aumentados após 1 mês comparado aos idosos (p=0,02) e adolescentes (p=0,01). As crianças apresentaram níveis maiores em comparação aos idosos (p=0,04) e adolescentes (p=0,04). Após 3 meses da vacina os adultos apresentaram níveis significativos de anticorpos comparado as crianças (p=0,04).Por outro lado, após 6 meses da vacinação os níveis de anticorpos diminuíram nos adultos em comparação as crianças (p=0,003), em idosos os níveis foram menores comparado a crianças (p <0,0001) e adolescentes (p<0,01). Isso demonstra a queda desses anticorpos durante o tempo na população de idosos e adultos. Após 12 meses da vacinação os idosos tiveram os anticorpos aumentados comparado aos adultos (p<0,0001), crianças (p<0,0001) e adolescentes (p=0,04), essa diferença significativa é devido ao reforço heterólogo que receberam, esses dados demonstram a importância do reforço nesse grupo. Em relação a dose de reforço, que foram aplicadas a partir do 3º mês, os idosos tiveram um aumento dos anticorpos no 12º mês em comparação ao 6º (p=0,0003). A crianças tiveram aumento de anticorpos no 12º mes comparado ao 3° (p< 0,01). Não houve diferença significativa no aumento de anticorpos no 12º mês em adultos e adolescentes em comparação aos demais meses.
Discussão e Conclusões
Em suma, o presente estudo demonstrou que dentro de um intervalo de 12 meses idosos e crianças devem receber além da 1º e 2ª dose, a dose de reforço para eficácia da proteção contra futuras infecções de COVID-19.
Palavras Chave
vacinação; COVID-19; idosos; Crianças; Resposta Imune
Área
Infecções Preveníveis por Imunizações
Instituições
Fiocruz - Minas Gerais - Brasil
Autores
LAURA ALVES RIBEIRO OLIVEIRA, ADELINA JUNIA LOURENÇO ASSIS, PRISCILLA SOARES FILGUEIRAS, SARAH VIEIRA MARQUES CONTIN, CAMILA AMORMINO CORSINI, DANIEL ALVIM PENA DE MIRANDA, NATHALIE BONATTI FRANCO ALMEIDA, RAFAELLA FORTINI GRENFELL QUEIROZ