Dados do Trabalho

Título

ANALISE DA COBERTURA DA VACINA PAPILOMAVIRUS HUMANO (HPV): POPULAÇAO DE 9 A 14 ANOS NO ESTADO DO RN

Introdução

O Papilomavírus Humano (HPV) é uma infecção sexualmente transmissível associada a verrugas anogenitais e vários tipos de câncer, incluindo o câncer de colo de útero, que afeta muitas mulheres jovens. Globalmente, são registrados cerca de 570 mil novos casos de câncer de colo de útero por ano, com 311 mil óbitos, e no Brasil, em 2020, houve 6.627 mortes por essa neoplasia. Para prevenir infecções por tipos oncogênicos do HPV, foram desenvolvidas vacinas eficazes. O SUS oferece a vacina quadrivalente, que protege contra 4 tipos virais que causam câncer e verrugas, enquanto a rede privada disponibiliza a vacina nonavalente. A vacina foi incorporada ao Programa Nacional de Imunização (PNI) em 2014 para meninas e, posteriormente, para meninos. No entanto, a adesão à vacina no Brasil não atinge a meta de 90% estabelecida pela OMS; dados mostram que, entre 2013 e 2020, 76% das meninas tomaram a primeira dose e apenas 56% completaram o esquema vacinal. Entre os meninos, a cobertura é ainda menor, com apenas 52% vacinados com a primeira dose em 2022.

Material e Método

A metodologia escolhida para a realização desta pesquisa baseou-se em um estudo de caráter descritivo, com abordagem quantitativa, onde foi utilizado o banco de dados do Programa Nacional de Imunizações, para acesso da coorte vacinal entre 2014 a janeiro de 2023.

Resultados

A análise nos mostra que a realidade do Rio Grande do Norte (RN) não difere do resultados a nível Brasil, nos últimos anos o RN não tem atingido a cobertura vacinal mínima preconizada pelo Ministério da Saúde para esta vacina que é atualmente de 90%. De acordo com as dados de coorte disponibilizados pelo Programa Nacional de Imunizações - PNI, o RN encontra-se com 59% de cobertura para meninas e 41% para meninos na faixa etária de 9 a 14 anos. Observa-se baixa cobertura vacinal principalmente para a faixa etária de 9 (20%) e 10 anos (58%) de idade do sexo feminino e para 9 (14%) 10 (39%) 11 (42%) e 12 anos (44%) para o sexo masculino. Ficando evidente que existe baixa procura da vacinação principalmente em faixas etárias menores e no sexo masculino.

Discussão e Conclusões

A baixa cobertura vacinal da HPV tem sido um problema persistente, refletindo uma série de desafios multifatoriais. Embora essa vacina seja uma ferramenta comprovada na prevenção do câncer de colo de útero e cervical, a análise mostra que a adesão ainda é insatisfatória na população alvo. É necessário esforços contínuos e coordenados, envolvendo diversos "atores" para alcançar a cobertura adequada.

Palavras Chave

cobertura vacinal; HPV; Imunização; Papillomavirus Humano (HPV)