Dados do Trabalho

Título

ANALISE DOS ATENDIMENTOS AS CRIANÇAS MENORES DE NOVE ANOS NO CENTRO DE REFERENCIA PARA IMUNOBIOLOGICOS ESPECIAIS, MINAS GERAIS, BRASIL

Introdução

A vacinação é uma ação de saúde pública eficaz para controle e erradicação de infecções preveníveis por vacinação. No Brasil, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), diferentes tipos de imunobiológicos são disponibilizados gratuitamente. Para crianças, estes imunizantes oferecem proteção contra diversas doenças preveníveis por vacinação. Em 1993, com a finalidade de oferecer imunizantes especiais não incluídos na caderneta vacinal de rotina para portadores de imunodeficiência congênita ou adquirida, condições especiais de morbidade ou exposição a situações de risco, incluindo crianças com risco aumentado de eventos adversos graves, o PNI foi ampliado com a criação dos Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais (CRIE). O objetivo do estudo foi analisar o cuidado prestado às crianças menores de nove anos atendidas no CRIE de Minas Gerais, no período de 2005 a 2022.

Material e Método

Estudo epidemiológico, de abordagem quantitativa, com amostra de crianças de 0 a 9 anos, utilizando-se dados do Sistema de Informação dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (SI-CRIE) do estado de Minas Gerais, Brasil. As análises foram realizadas no Stata, versão 16.0. Projeto aprovado pelo comitê de ética: CAAE: 78079324.2.0000.5149.

Resultados

Foram incluídas análises de 11.505 crianças menores de até nove anos de idade. A maioria era do sexo masculino (53,15%), com cor de pele branca (60,93%) e menores de um ano (39,24%). O motivo de indicação mais prevalente foi Doença Pulmonar Crônica (19,48%) e recém-nascido suscetível (12,34%). O diagnóstico mais frequente foi: Doenças do Aparelho Respiratório (20,52%) e algumas afecções originadas no período perinatal (15,04%). Entre os imunobiológicos, predominou-se a Pneumocócica Conjugada 7V (18,14%), Influenza (16,40%) e Haemophilus influenza B (11,08%). Em menores de um ano, destacou-se Haemophilus influenza B (84,52%); entre um e dois anos, a Pneumocócica Conjugada 7V (32,61%); de três a quatro anos e de cinco a nove anos, predominou a Pneumocócica 23, com 33,53% e 47,47%, respectivamente.

Discussão e Conclusões

Os dados apresentados são imprescindíveis para a discussão das demandas junto ao serviço, pois fornecem informações relevantes sobre os atendimentos às crianças acompanhadas no CRIE. Dessa forma, assegura-se a equidade do cuidado por meio de estratégias de vacinação que ampliem a oferta de imunobiológicos e o cuidado no território às crianças com condições clínicas especiais atendidas nos CRIE.

Palavras Chave

Imunização; Criança; Enfermagem; vacinação; epidemiologia