Dados do Trabalho


Título

PERFIL SOCIODEMOGRAFICO E ADESAO VACINAL DE CRIANÇAS ASSISTIDAS POR UMA ESTRATEGIA SAUDE DA FAMILIA

Introdução

A Covid-19 trouxe consigo a maior emergência em saúde pública dos últimos anos. Neste contexto, medidas de prevenção como a vacina foram descobertas e autorizadas para utilização na população adulta e infantil. Este estudo teve como objetivo caracterizar as variáveis sociodemográficas das crianças em estudo e de seus familiares e também avaliar a prevalência de crianças vacinadas, não vacinadas e o tipo de vacina recebida contra Covid-19 em uma Estratégia Saúde da Família (ESF).

Material e Método

Tratou-se de um estudo exploratório transversal e retrospectivo realizado na área de abrangência de uma ESF de uma cidade no interior de Minas Gerais. Os dados deste estudo foram coletados pela enfermeira e agentes comunitários de saúde (ACS) no Setor de Imunização e no Sistema Vivver do município. Foi realizada uma busca do nome e telefone dos responsáveis pelas crianças para participação na pesquisa e seguidamente foram realizadas entrevistas com os responsáveis via telefone. A amostra foi composta por 352 crianças que foram vacinadas entre janeiro e julho de 2022. Os dados foram analisados usando o critério de média percentual e convertidas em tabelas através do Programa Microsoft Excel® 2019, versão 2310. Foi realizada busca e associação entre status vacinal com as variáveis sociodemográficas, para isso realizou-se o Teste Exato de Fisher, havendo associação foi calculada a razão de chances (odds ratio).

Resultados

Houve prevalência do sexo masculino (54,40%), na faixa etária de 9 a 11 anos (44,60%), que moravam com o pai e a mãe (82,67%), declararam raça/cor parda (76,99%) e relataram ser frequentadores da igreja católica (55,97%). Em relação a vacinação, 73,86% das crianças foram vacinadas e 10,80% das crianças não receberam nenhuma dose de imunizante. Foi constatado através do estudo que frequentadores da religião católica apresentaram 4,03 chances a mais de estarem vacinados e pertencentes a micro área 2 apresentaram 0,43 chances a menos de estarem vacinados.

Discussão e Conclusões

As evidências encontradas poderão subsidiar ações em saúde com foco na desmistificação de notícias falsas, fortalecendo o vínculo entre usuário e profissional para o alcance de melhores resultados em saúde. Este estudo mostrou que as taxas de aceitação à vacinação sobrepuseram à hesitação, contudo é necessário que se considere a especificidades sociodemográficas da população estudada para os possíveis motivos de hesitação e elaboração de estratégias de melhoria à aceitação da vacina contra Covid-19.

Palavras Chave

COVID-19; Hesitação Vacinal; Perfil Sociodemográfico; Vacinas contra COVID-19

Área

Imunizações

Instituições

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - Minas Gerais - Brasil

Autores

SHEILLA ILDA ELER MOURÃO, ROBERTA DIAS RODRIGUES ROCHA, CLAUDIO LUIZ FERREIRA JR., RENATA ALINE DE ANDRADE