Dados do Trabalho
Título
DESAFIOS E OPORTUNIDADES DA LOGISTICA DE REDE DE FRIO EM TERRITORIOS EXTENSOS - RELATO DE CASO AREA DE PLANEJAMENTO (AP) 5.2 NO MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
Introdução
A Central Regional de Rede de Frio (CRRF) tem como função operacionalizar a logística dos imunobiológicos e insumos do Programa de Imunizações, organizada em atividades de recebimento, armazenamento, conservação, manuseio, controle de estoque, segregação, distribuição e gerenciamento de resíduos específicos. O objetivo deste relato de caso é descrever os principais desafios que a CRRF enfrenta para garantir a manutenção da qualidade dos imunobiológicos desde o recebimento até o momento da aplicação e seu descarte. A CRRF se caracteriza por um ponto regionalizado da Rede Municipal com recursos apropriados à manutenção da Cadeia de Frio, deste modo, gerencia o estoque, os lotes, as validades e temperaturas dos equipamentos que acondicionam os imunobiológicos que serão utilizados nas salas, reabastecendo-as sempre que necessário. Como também, acompanha as ocorrências das falhas em rede de frio e confecciona as atas de inutilização de imunobiológicos com fluxo de envio à Coordenação do Programa de Imunizações (CPI) do MRJ e por fim, recolhe os resíduos das vacinas com recomendação de inutilização que necessitam do processo de autoclavagem para adequado descarte.
Descrição do caso
O município do Rio de Janeiro é dividido em dez áreas programáticas (AP) de planejamento em saúde, sendo a AP 5.2 localizada na zona oeste, compreendendo 9 bairros e extensão territorial de 305 km². A AP possui 1 CRRF e 38 salas de vacina para atender a população de mais de 650 mil habitantes. Operacionalizar a logística dos imunobiológicos em tempo hábil e com aporte reduzido é um enorme desafio devido à grande extensão territorial e ao trânsito no decorrer do percurso.
Discussão
A partir de estimativas feitas no Google Maps, em média, o tempo gasto para abastecer todas as 38 salas de vacina é de 20h, levando em consideração o tempo gasto para recebimento e conferência de 30 minutos. A distância total percorrida para atender tal demanda é estimada em 160 km. A volumetria mensal referente às cotas das vacinas de rotina é de 18 mil frascos para segregação e distribuição. Com este estudo conseguimos traçar o tempo e quilometragem percorridos para abastecimento, remanejamentos e recolhimento de resíduos das salas de vacinação na AP 5.2.
Conclusão
Concluímos que essas informações possibilitam a implantação de novas estratégias para uma distribuição mais ágil e oportuna das vacinas na instância local, assegurando a continuidade do abastecimento das salas, a eficácia das vacinas e manutenção da integridade da Cadeia de Frio.
Palavras Chave
Imunização; Cadeia de Frio; saúde pública
Área
Imunizações
Instituições
Secretaria Municipal de Saúde - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
MICHELE NEVES ROSA, ANDERSON GUEDES DA SILVA, DANIELE RODRIGUES PINTO, MAYARA ERINGER BORGES, LUCIANA SPESSOTO DOS SANTOS LIRA DA SILVA, DANIELE DE SOUZA GOMES OLIVEIRA, ENZO VIEIRA DE MELO, SIMONE PEREIRA AFFONSO MATTOS